Ministro da Defesa moçambicano quer prontidão face a novas "ameaças à soberania"

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Porto Canal com Lusa

Maputo, 17 nov (Lusa) - O ministro da Defesa moçambicano disse hoje que as Forças de Defesa e Segurança devem estar prontas para responder a novas ameaças à soberania nacional, antecipando-as.

"É necessário dar resposta aos desafios que as novas ameaças à soberania impõem", disse Atanásio Mtumuke, sem especificar, mas após um mês de tumultos em vários pontos do país.

O governante fava durante a cerimónia de encerramento de cursos de carreira militar nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), no Instituto Superior de Estudos de Defesa Tenente-General Armando Emílio Guebuza (ISEDEF), arredores da capital moçambicana.

Moçambique enfrentou em outubro ataques armados de grupos formados no norte do país, sob aparente influência radical islâmica, conflitos locais noutros pontos e o assassínio de um presidente de município, Mahamudo Amurane, em Nampula - quarta maior cidade moçambicana.

Para Atanásio Mtumuke, a antecipação às ameaças ao Estado de direito democrático deve ser uma prioridade na atuação das Forças de Defesa e Segurança, que, na sua missão, se devem pautar "por uma atuação criteriosa".

"Hoje, mais do que nunca, impõem-se que as Forças de Defesa e Segurança sejam capazes de prever o rumo que as potenciais ameaças, com diversas motivações, poderão tomar", acrescentou o governante.

Atanásio Mtumuke desafiou ainda os recém-graduados a apoiarem as Forças de Defesa e Segurança na definição de novas estratégias, "visando responder aos vários desafios do presente e do futuro, decorrentes da conjuntura atual".

"É através da formação que se deve incutir e transmitir no seio das forças de defesa e armadas de Moçambique os nobres valores de cidadania e patriotismo", acrescentou.

A cerimónia do ISEDEF juntou vários oficiais das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, além do ex-presidente, Armando Guebuza, que dá nome à instituição.

Concluíram a formação nos cursos de carreira militar que hoje encerraram um total de 160 militares, entre oficiais subalternos e superiores.

EYAC // VM

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