PS diz que nunca esteve perto de acordo com Governo no IRC

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 dez (Lusa) -- O Partido Socialista afirmou hoje que nunca esteve perto de um consenso com o Governo para a reforma do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), contrariando afirmações do líder do CDS/PP e vice-primeiro-ministro, Paulo Portas.

"O Dr. Paulo Portas parece ter um problema com a aritmética, fala da aprovação de 70% das propostas do Partido Socialista em sede de IRC, mas a verdade é que até agora, e tanto quanto sabemos, foram aprovadas duas das 10 propostas do PS", disse à agência Lusa Óscar Gaspar, da Comissão Política socialista.

Óscar Gaspar referia-se s declarações de Paulo Portas à imprensa na quinta-feira, quando o líder dos centristas e vice-primeiro-ministro disse que Governo e PS estiveram "quase" a chegar a acordo relativamente à reforma do IRC e que no final foram os socialistas que recuaram.

"Se aprovaram tanta coisa do Partido Socialista onde é que está a taxa de IRC reduzida para os lucros das Pequenas e Médias Empresas (PME), onde é que está a taxa de IRC agravada para as grandes empresas, onde é que está a taxa de IRC para as empresas do interior do país, onde é que está a proposta do Partido Socialista para que futuras reduções de IRC estejam relacionadas também com reduções de IRS e de IVA?", questionou.

Nada disso está porque, infelizmente, (...) não foram aprovadas aquelas propostas que o Dr. Paulo Portas disse que tinham sido aprovadas, acrescentou o elemento da comissão política do PS.

Para Óscar Gaspar, as declarações de Paulo Portas contêm ainda um "problema de ordem política".

"Quando o Dr. Paulo Portas diz que estivemos próximo de um acordo e depois houve alguém que voltou atrás tal não corresponde à verdade", referiu.

"A verdade é que ontem [quinta-feira] o Partido Socialista estava em condições de fazer todas as votações do IRC, foi a pedido do Governo e de partidos que suportam o Governo que a votação foi transferida de ontem para hoje e, inexplicavelmente, aquilo que ontem podia ter sido conseguido em termos de um consenso hoje pelos vistos os partidos da maioria entenderam chumbar as propostas do Partido Socialista", concluiu.

CP // HB

Lusa/fim

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