Governo critica "postura de intransigência" do PS que inviabiliza acordo no IRC
Porto Canal / Agências
Lisboa, 12 dez (Lusa) -- O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, acusou hoje o Partido Socialista (PS) de adotar uma "postura de intransigência" que inviabilizou um acordo com o Governo sobre a reforma do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC).
"Desde o início, e ao longo da discussão sobre a reforma do IRC, o Governo sempre manifestou uma forte disponibilidade para o consenso", afirmou o governante, acrescentando que "durante esta negociação, o Governo fez todos os esforços para se aproximar da posição do Partido Socialista (PS), tendo aceitado, total ou parcialmente, seis das dez propostas apresentadas pelo PS".
Porém, salientou à agência Lusa Paulo Núncio, "relativamente às quatro propostas restantes, o PS, infelizmente, assumiu uma postura de intransigência, de tudo ou nada".
Segundo o secretário de Estado, "esta atitude, por parte do PS, demonstrou uma falta de vontade para chegar a um consenso sobre um acordo global na reforma do IRC".
E reforçou: "Quando uma maioria absoluta aceita integrar, total ou parcialmente, seis das dez propostas do principal partido da oposição, e está disponível para chegar a um compromisso relativamente às outras quatro, isto não é uma posição retórica, é uma abertura efetiva ao consenso".
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