Bogotá, 14 jul (Lusa) -- O Estado colombiano deverá indemnizar com 550 milhões de pesos (158.215 euros) o ex-deputado Sigifredo López pelos danos que sofreu ao ser acusado de colaborar com as FARC e ter sido privado de liberdade por quatro meses.

"A procuradoria-geral declara-se administrativamente responsável pelos prejuízos causados, incluindo a privação de liberdade sofrida por Sigifredo López, fruto de uma investigação penal contra ele pelos crimes de homicídio agravado, pérfida tomada de reféns e rebelião", indica a decisão do tribunal administrativo de Cundinamarca.

A 11 de abril de 2002 guerrilheiros das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) sequestraram na Assembleia Departamental de Valle del Cauca, com sede na cidade de Cali, 12 deputados, incluindo Sigifredo López.

A guerrilha anunciou a 28 de junho de 2007 que numa ocasião de "fogo cruzado" morreram 11 deputados, sendo López o único sobrevivente.

Dois anos depois, a 05 de fevereiro de 2009, a guerrilha libertou o deputado.

No entanto, uma testemunha identificada como Diego Antonio López Osorio, hoje detido na prisão de Palmira pelo crime de falso testemunho, o acusou de ter coordenado o sequestro dos seus colegas.

Em consequência, a procuradoria-geral ordenou a detenção de Sigifredo López a 16 de maio de 2012.

A decisão do tribunal administrativo de Cundinamarca indica que o Ministério Público deve compensar Sigifredo López pela "violação dos direitos fundamentais da honra e bom nome" e solicita que a instituição publique na sua página na Internet um comunicado "em que reconhece publicamente a sua responsabilidade no caso e em que se possa aceder ao conteúdo desta decisão".

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