IPMA afirma ser pouco provável que tenha sido um raio a iniciar o incêndio em Pedrógão Grande
Porto Canal
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) avançou, na passada sexta-feira, um relatório sobre o incêndio de Pedrógão Grande, no qual demonstra que a possibilidade de ter sido um raio de trovoada seca a dar início ao fogo é pouco provável, apurou este domingo o Porto Canal segundo o documento apresentado no portal do Governo.
Segundo o que indica o relatório do IPMA sobre as condições meteorológicas associadas ao incêndio de Pedrógão Grande, as primeiras descargas registadas mais próximas do local do início do incêndio ocorreram às 17h37, às 18h56 e posteriormente às 20h54.
Ou seja, uma vez que o incêndio se iniciou entre as 14 e as 15 horas do dia 17 de junho "a presente análise sugere uma probabilidade baixa, não nula, de ocorrência de descargas nuvem-solo na proximidade do local de início do incêndio de Pedrógão Grande", avança o IPMA.
Na carta que o Instituto escreveu ao primeiro-ministro é possível apurar ainda que "a interação entre o escoamento divergente gerado pelas células convectivas e o incêndio entretanto iniciado, conduziu a uma grande amplificação da pluma do incêndio, em termos de extensão vertical e velocidade de propagação, não suscetível de previsão por modelos numéricos de previsão do tempo, e criando condições excecionais de propagação no terreno".