Cruz Vermelha de Castelo Branco apoia populações

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Porto Canal com Lusa

Pedrógão Grande, Leiria, 27 jun (Lusa) - A delegação de Castelo Branco da Cruz Vermelha deslocou-se hoje à Misericórdia de Pedrógão Grande com duas viaturas carregadas de hortícolas, produtos de higiene e alimentos não perecíveis para reforçar as necessidades da instituição.

"Hoje fomos à Santa Casa da Misericórdia de Pedrógão Grande, com duas viaturas, uma nossa e outra cedida por uma empresa de Castelo Branco, e ali deixámos hortícolas, produtos de higiene, bolachas e outros, sempre tendo em conta as reais necessidades das pessoas no terreno", disse à agência Lusa Iria Moura, da delegação de Castelo Branco.

Esta responsável realçou a onda de solidariedade que se criou em Castelo Branco em torno da tragédia que atingiu não só Pedrógão Grande, mas também outras regiões que têm sido mais esquecidas, como Pampilhosa da Serra.

"Estamos no terreno desde a terça-feira passada [20 de junho]. Começámos por fazer um apoio inicial aos bombeiros, com a recolha e entrega de alimentos não perecíveis, barras energéticas e água. Entrámos em contacto com os bombeiros para saber das suas reais necessidades e em que locais precisavam da ajuda", explicou.

Adiantou ainda que várias empresas de Castelo Branco, além da comunidade local, têm respondido e tornado possível a atuação da delegação, quer com a doação de produtos, quer com outro tipo de ajudas, nomeadamente combustível para as viaturas da delegação da Cruz Vermelha e mesmo com a cedência de uma viatura.

Os voluntários da Cruz Vermelha de Castelo Branco já foram dar apoio à Pampilhosa da Serra, Góis, Pedrógão Grande e Cernache do Bonjardim.

Iria Moura sublinhou que vão estar no terreno sempre que haja necessidade para ajudar os mais vulneráreis: "É essa a missão da Cruz Vermelha".

Sempre que vai para o terreno, a equipa é constituída por seis voluntários, e, quando se trata de trazer produtos como roupa, a triagem já vem feita, com os artigos devidamente acondicionados em caixas, para facilitar a vida a todos.

"É importante que as pessoas que nos confiam os bens saibam que ao fazê-lo estes chegam ao seu destino, que são os mais necessitados", disse.

A responsável da delegação de Castelo Branco disse ainda que neste momento possuem imensos bens e artigos para distribuir, mas que esse é um trabalho feito consoante os pedidos que vão recebendo e as respetivas necessidades reais no terreno.

Os incêndios que deflagraram na região Centro, há uma semana, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foram dados como extintos no sábado.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e em Góis, no distrito de Coimbra - corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.

CAYC // SSS

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