PCP apresentou 38 medidas a Costa e reiterou desacordo com "Reforma Florestal"

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 27 jun (Lusa) - O dirigente comunista João Frazão anunciou hoje que o PCP apresentou ao primeiro-ministro 38 medidas, entre "imediatas e urgentes" e outras a médio prazo, para resolver problemas de fogos florestais, vincando o desacordo com a "Reforma Florestal" governamental.

"Esta reunião com o primeiro-ministro foi profícua. Demos-lhe conta do conjunto de propostas que temos. Naturalmente, o primeiro-ministro ficou de verificar qual a possibilidade e capacidade de acomodar algumas destas propostas. Consideramos que é possível aprovar na Assembleia da República uma lei nos prazos estabelecidos para a discussão da 'Reforma da Floresta', que tenha este conjunto de medidas essenciais", disse, na sede comunista, em Lisboa.

Uma comitiva do PCP, incluindo o secretário-geral, Jerónimo de Sousa, o líder parlamentar comunista, João Oliveira, e outros dirigentes como João Frazão e Agostinho Lopes e o deputado João Ramos esteve antes reunida com o primeiro-ministro, o socialista António Costa, por solicitação do chefe do executivo, na residência oficial de São Bento.

O membro da comissão política do Comité Central do PCP condenou ainda a "política de direita" e as imposições externas da União Europeia pelo desordenamento do território em Portugal e pela falta de investimento em infraestruturas várias e nos serviços públicos.

Os incêndios que deflagraram na região Centro, há uma semana, provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foram dados como extintos no sábado.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leira, e em Góis, no distrito de Coimbra - corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.

HPG (PN) // ZO

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