Ministra nega demora a actuar e diz que perdas 'só' aumentaram 330 ME nos 'swaps' cancelados

| Política
Porto Canal

A ministra das Finanças contrariou hoje que a demora do Governo em atuar no caso dos 'swaps' tenha feito duplicar as perdas potenciais e defendeu que a comparação deve ser feita para as operações canceladas, cujas perdas cresceram 330 milhões.

"Entre o momento de entrada em funções do Governo [junho de 2011] e dezembro de 2012, o valor [de perdas potenciais dos 'swaps'] variou de 1,6 para 2,8 mil milhões de euros, o que é referido como refletindo o custo da alegada demora excessiva do Governo na resolução do problema encontrado. Mas este valor diz respeito à totalidade da carteira derivados, sendo que apenas uma parte foi cancelada e a análise deve incidir apenas sobre essa parte", disse hoje Maria Luís Albuquerque, na intervenção inicial da sua terceira audição na comissão de inquérito aos contratos 'swap'.

Segundo a governante, as 69 operações canceladas por este Executivo tinha um valor de mercado negativo de 1192 milhões de euros em junho de 2011, o qual passou para 1522 milhões de euros no fim do ano passado, quando começaram as negociações para o cancelamento destas.

"A variação a valor de mercado foi de 330 milhões de euros, dos quais 205 milhões de euros de empresas reclassificadas", afirmou Maria Luís Albuquerque, acrescentando que, no mesmo período, os 'swap' sobre dívida pública do IGCP -- Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública variaram de forma positiva de 784 milhões de euros. Estas operações do instituto que gere a dívida pública foram canceladas por este, com saldo positivo, com o objetivo de neutralizar o impacto das perdas dos 'swaps' no défice orçamental.

A responsável pela pasta das Finanças considera, assim, que não pode ser usado o argumento que tem sido usado pela oposição, em especial pelo Partido socialista, de que o atual Executivo deixou duplicarem as perdas potenciais associadas aos contratos 'swaps' por ter demorado a atuar sobre este problema.

Além disso, referiu, é preciso considerar que a maior parte da carteira de 'swaps' que continua por cancelar e que contribui para aumentar o valor das perdas potenciais pretendem a contratos feitos com o Santander Totta, com o qual não existiu ainda qualquer entendimento e com que o Estado está em disputa em tribunal.

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