Regresso ao crescimento económico no Brasil depende de reformas ambiciosas

| Economia
Porto Canal com Lusa

Washington, 18 abr (Lusa) - O crescimento económico de 0,2% no Brasil, este ano, e de 1,7% em 2018 está dependente de o país conseguir lançar e implementar um conjunto de reformas ambiciosas na economia e na fiscalidade, considera o FMI.

"As perspetivas macroeconómicas do Brasil dependem da implementação de ambiciosas reformas estruturais económicas e fiscais", lê-se no World Economic Outlook, hoje divulgado em Washington.

O documento, que apresenta o estado da economia mundial na visão do Fundo Monetário Internacional (FMI), prevê um crescimento de 0,2% para o Brasil neste ano e uma aceleração para 1,7% no próximo ano, depois de três anos de recessão consecutivos.

"O Brasil deve sair de uma das suas mais profundas recessões", antecipam os analistas do Fundo, notando que as previsões para este ano são 0,3 pontos mais baixas que na última análise, em outubro, mas são 0,2 pontos melhores relativamente a 2017.

Essencialmente, esta ligeira revisão deve-se ao abrandamento da incerteza política, a uma política monetária mais 'suave', com reduções das taxas de juros do banco central, e a mais progressos na agenda reformista do Governo.

O ritmo da recessão diminuiu, "mas o investimento e a produção ainda não tinham batido no fundo no final de 2016, enquanto as crises orçamentais nalguns estados continuam a agravar-se", dizem os peritos do FMI.

A inflação, consideram, tem surpreendido pela positiva porque está mais baixa do que o esperado, o que permite pensar em mais reduções das taxas de juro centrais, acrescentam.

Para a recuperação ser constante a médio-prazo, os analistas do FMI dizem que o foco "deve estar nas reformas que enfrentam as autorizações de despesa insustentáveis, incluindo o sistema de segurança social".

O Brasil, concluem, precisa de reformas que favoreçam o crescimento potencial, não apenas para restaurar e melhorar os padrões de vida no seguimento da forte recesão, mas também para favorecer a consolidação orçamental".

Entre as medidas defendidas, o FMI salienta a melhoria do ambiente de investimento e a produtividade "através de medidas contra os eternos gargalos nas infraestruturas, a simplificação do código fiscal e a redução das barreiras ao comércio.

MBA // PJA

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