Município da Batalha denuncia descarga ilegal de afluentes suinícolas
Porto Canal com Lusa
Batalha, Leiria, 12 abr (Lusa) - A Câmara Municipal da Batalha denunciou hoje ao Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial da GNR de Leiria uma descarga de águas residuais em linha de água por dejetos de suinicultura.
Em nota enviada à agência Lusa, o Município revela que a denúncia refere-se a uma descarga de águas residuais em linha de água e contaminação de solos por dejetos de suinicultura, sem licença e por ação de suinicultura localizada em Alcanadas, concelho da Batalha, no distrito de Leiria.
O presidente da autarquia, Paulo Batista dos Santos, (PSD) solicitou ainda à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro informação sobre o "processo de regularização da exploração pecuária identificada como causa provável da descarga identificada e objeto de denúncia".
"É urgente uma ação enérgica de todas as entidades na fiscalização das suiniculturas, porque não aceitamos que alguns prevaricadores continuem impunemente a poluir as linhas de água do concelho e da região, a contaminar recursos hídricos e a destruir biodiversidade", referiu Paulo Batista dos Santos, citado na nota de imprensa.
Segundo o autarca, "de igual forma, seria desastroso para a região caso aos responsáveis da Recilis decidissem não realizar o projeto de construção da Estação de Tratamento de Efluentes Suinícolas na região do Lis, solução financiada em mais de nove milhões de euros de fundos europeus".
O Município da Batalha recorda que a empresa responsável pelo concurso da construção da ETES do Lis, liderada pela Associação de Suinicultores de Leiria, tem como prazo limite para a adjudicação da empreitada o final do presente mês de abril.
Caso essa decisão não surja a tempo, resultará na perda dos fundos comunitários e a mais que provável inviabilização do projeto.
Na segunda-feira, a Comissão de Ambiente e Defesa da Ribeira dos Milagres (CADRM) realizou uma sessão pública sobre a despoluição do rio Lis, tendo sido lançada uma petição na qual se alerta para o "cheiro nauseabundo e a contaminação das águas do Rio Lis, provenientes essencialmente da atividade suinícola, mas também de algumas indústrias, que ilegalmente realizam descargas frequentes".
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