Projeto ecológico de combate à praga da lagarta do pinheiro em Leiria começa na prisão
Porto Canal com Lusa
Leiria, 21 mar (Lusa) - Um projeto natural e ecológico de combate à praga da lagarta do pinheiro começa no Estabelecimento Prisional de Leiria com a criação de abrigos para o chapim por parte dos reclusos e acaba nos recreios das escolas, anunciou hoje o Município de Leiria.
O projeto apresentado hoje pelo Município de Leiria estende-se ainda às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS).
"As processionárias constituem um perigo para as pessoas e animais, em especial para as crianças, uma vez que podem ser responsáveis por alergias e dificuldades respiratórias. Em vez de utilizar químicos ou de procedermos à queima dos ninhos das lagartas do pinheiro, decidimos tentar mitigar esta praga através do chapim, que é um predador natural", sublinhou a vereadora da Câmara de Leiria, Ana Valentim, citada numa nota de imprensa.
O presidente da Oikos, Mário Oliveira, informou que "vão ser realizadas ações de formação junto dos professores, procurando atingir a vertente pedagógica virada para a educação ambiental e ciências".
O projeto, que vai obrigar também à articulação com os responsáveis das 18 juntas de freguesia de Leiria e respetiva monitorização, "é muito importante para os reclusos, uma vez que, desta forma, estes podem contribuir para o necessário ciclo natural da mudança e da renovação", acrescentou o diretor do Estabelecimento Prisional de Leiria, José Ricardo Nunes.
Segundo a autarquia, a iniciativa nasce de uma organização do Município de Leiria e da Oikos - Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria, Prisão-Escola de Leiria e União das Freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes.
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