Debates, espetáculos e leituras em festival em Coimbra centrado na dramaturgia

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Porto Canal com Lusa

Coimbra, 16 mar (Lusa) - O Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, dinamiza, de dia 27 a 29, debates, espetáculos e leituras no festival Encontros de Novas Dramaturgias (END), com a presença de Miguel Castro Caldas, José Maria Vieira Mendes e Pedro Penim.

Em três dias, Coimbra recebe em diferentes espaços da cidade três seminários, sete leituras encenadas, duas apresentações de livros, duas conversas e cinco espetáculos, onde o texto teatral ganha destaque.

"É um momento para parar um pouco e para ouvir - para dar um foco a uma coisa que nem sempre é valorizada que é o texto", que, por vezes, parece "invisível", notou o diretor artístico do festival, Mickael de Oliveira.

A terceira edição do festival arranca com uma apresentação e leitura encenada em torno da peça "Júlia", escrita em 1963 por Ruben A., e que é um "texto atípico" de um autor que se dedicou mais ao romance do que ao teatro, explanou Mickael de Oliveira.

Com exceção feita a Ruben A., as restantes leituras e espetáculos centram-se em criações recentes de autores portugueses, muitas vezes assumindo a dupla função de autores e de encenadores.

Sinal disso é a apresentação da peça "A Constituição", escrita e encenada por Mickael de Oliveira, no primeiro dia do festival END.

A 28, há um debate que procura responder à pergunta "Ensina-se a escrever para teatro?", contando com a presença de Rui Pina Coelho, Jorge Palinhos, Armando Nascimento Rosa e Miguel Castro Caldas.

Nesse mesmo dia, Miguel Castro Caldas apresenta no auditório do Teatro Académico de Gil Vicente o espetáculo "Se eu vivesse tu morrias", considerado o Melhor Texto Português Representado no prémio Autores 2017, atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

No último dia do festival END, Albano Jerónimo realiza uma leitura encenada na baixa de Coimbra do texto "Veneno", de Cláudia Lucas Chéu, uma obra inserida dentro de uma "dramaturgia mais violenta mais crua", próxima da espanhola Angélica Lidell, referiu Mickael de Oliveira.

Nesse dia, é ainda realizada uma leitura interpretada por Albano Jerónimo, Mafalda Lencastre e Maria Leite de "Lugares#1", de Miguel Graça, e o café teatro do TAGV recebe uma conversa entre o diretor do teatro, Fernando Matos de Oliveira, e o dramaturgo e membro do Teatro Praga José Maria Vieira Mendes sobre o seu livro "Uma coisa não é outra coisa".

O festival END termina com a peça "Antes", de Pedro Penim, realizando-se uma conversa com o autor após o espetáculo.

Durante a apresentação do evento, Mickael de Oliveira realçou a presença de muitos dramaturgos que também encenam as suas próprias peças.

Questionado pela agência Lusa, o diretor do festival sublinhou que é cada vez mais comum os autores encenarem as suas próprias peças, incutindo a sua própria ideia de cena.

Face a uma maior ligação entre quem escreve e quem faz, tornou-se mais comum o dramaturgo encenar as suas peças, que é também uma "maneira de assegurar a máquina teatral" e de controlar "o acontecimento performativo", frisou.

O festival conta ainda com uma "escola do espetador emancipado", com 60 professores e alunos de vários cursos superiores na área das artes performativas, que vão assistir aos três dias do evento.

JYGA // SSS

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