Lisboa, 10 mar (Lusa) - O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, realçou hoje para a manutenção da base de clientes do banco durante o ano passado, apesar de todos os problemas que a instituição atravessou.

"Em 2016 temos um conjunto de imparidades que foram feitas de mais de 3.000 milhões de euros que deram origem ao prejuízo de 1.859 milhões de euros no exercício. É um resultado que, em termos estruturais, é positivo, porque revela que os clientes quiseram continuar com a CGD em 2016", assinalou o responsável.

E acrescentou: "Apesar de toda a turbulência e de ter sido um ano anormal em termos de 'governance' [governação], os recursos de clientes e empresas tiveram um comportamento positivo".

Segundo Paulo Macedo, "depois deste exercício, a CGD tem um melhor balanço e uma melhor cobertura das imparidades", pelo que "tem um ponto de partida para o ano de 2017 mais sólido".

O gestor sublinhou ainda que 2017 "é um ano fundamental para a recapitalização da CGD", considerando que a confirmação hoje dada por Bruxelas de que este processo de reforço de capital não vai ser considerado como uma ajuda estatal "é um aspeto essencial em termos da solidez e do projetar para o futuro".

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