Retoma do investimento no Metro do Porto é "fundamental" - autarca de Gaia

| Política
Porto Canal com Lusa

Porto, 07 fev (Lusa) -- O presidente da Câmara de Gaia classificou o dia de hoje como "histórico", considerando que "a retoma do investimento na rede do Metro do Porto, que é um instrumento de coesão territorial", é "absolutamente fundamental" para a região.

"É um dia histórico porque se acaba com a ideia de que o processo de infraestruturação do país tinha terminado, porque estava tudo feito. De facto, nos últimos anos, à custa de uma retórica suportada na ausência de recursos financeiros, o país assistiu a uma degradação do investimento público para níveis insustentáveis, levando à perda de competitividade da economia regional e nacional", afirmou Eduardo Vítor aos jornalistas, após ser anunciada a construção de novas linhas do metro em Gaia e no Porto.

Para o autarca de Gaia, "a retoma do investimento na rede de Metro do Porto, instrumento de coesão territorial que tem transportado milhões de passageiros, cerzindo este território central metropolitano, é absolutamente fundamental, num território que se pretende cada vez mais competitivo, mas que tem, por sua vez, dado exemplo de crescimento e de inovação a partir do seu potencial endógeno e das suas instituições".

"Este é um investimento que marca o presente mandato, a par da reconstrução do Hospital de Gaia, do alargamento da autoestrada A1, da reconstrução de três escolas EB 2,3 ou da construção de raiz de dois novos centros de saúde", sublinhou.

Eduardo Vítor Rodrigues acrescentou que "é a natureza do investimento que deve ser o fator de decisão nas políticas públicas", assegurando-se, assim, "a sustentabilidade, o serviço a cidadãos concretos e a reprodutibilidade social, económica, financeira e ambiental".

"Os investimentos públicos inteligentes constituem-se como fatores de desenvolvimento sustentável do país, continuando a fazer objetivamente sentido face às lacunas que ainda se fazem sentir", referiu.

Para o autarca socialista, a expansão da linha de Metro do Porto de santo Ovídio até Vila D'Este, onde habitam cerca de 16 mil pessoas, "não poderia ser um melhor exemplo de um investimento sustentável e de coesão territorial".

Gaia, "que atualmente é servida por uma única linha, com uma extensão de cerca de 2,5 quilómetros, o concelho, com mais de 300 mil habitantes e com características policêntricas, há muito necessitava da extensão da linha amarela", disse.

O autarca defendeu que, "de facto, estes investimentos devem atender à existência de população que beneficie do serviço, à sustentabilidade da operação e ao desígnio nacional da coesão territorial".

"Este projeto agora apresentado assegura a sustentabilidade da operação, condição que todos os autarcas da Área Metropolitana do Porto reconheceram como indispensável ao subscreverem o Pacto de Autarcas em 2014, sendo, portanto, fundamental, não só para a vida dos milhares de pessoas, mas também para o equilíbrio económico e financeiro da empresa, contribuindo de forma inequívoca para que no futuro próximo mais investimentos possam ser alavancados também com recursos próprios", concluiu.

JAP // LIL

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