CGD: Centeno admite que demissão de Domingues foi um "choque" mas não pôs capitalização em causa

| Economia
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 18 jan (Lusa) - O ministro das Finanças admitiu hoje que foi um "choque" o pedido de demissão da administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) liderada por António Domingues, mas garantiu que importante é que não foi posta em causa a recapitalização.

"Obviamente a substituição da administração no mês de dezembro foi um choque do ponto de vista do processo, mas não teve nenhum impacto no processo de capitalização", disse Mário Centeno, que está hoje a ser ouvida pelos deputados da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA).

De acordo com o governante, as fases do processo de recapitalização, num montante superior a 5.000 milhões de euros, "estão a ser cumpridas" e estão a ser acompanhadas pelo Banco Central Europeu, Comissão Europeia (através da Direção-Geral de Concorrência) e Mecanismo Único de Supervisão.

O ministro respondia ao deputado do PSD Leitão Amaro, que acusou Mário Centeno de não responder diretamente às questões colocadas, interpelando mesmo a presidente da Comissão para recordar que o governante evitou falar sobre o montante do aumento de capital, o aumento do nível de imparidades do banco público, a exceção ao estatuto do gestor público dado à administração de António Domingues (que provocou uma acesa polémica, que levou à demissão da equipa em dezembro) e ainda o eventual uso de informação privilegiada pelos ex-administradores.

O ministro das Finanças não concordou com a avaliação feita pelo PSD e garantiu: "Respondi às questões todas, não faltou uma".

IM/DN // JNM

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