ONU alerta que ajuda tem de chegar mais rapidamente às vítimas nas Filipinas

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Porto Canal / Agências

Manila, 14 nov (Lusa) -- A chefe das Operações Humanitárias da ONU, Valerie Amos, alertou hoje que a ajuda tem de chegar mais rapidamente aos sobreviventes do tufão Haiyan, que devastou as Filipinas, desesperados nomeadamente por água e comida.

"A situação é triste. Aqueles que conseguiram sair fizeram-no e muitos mais encontram-se a tentar. As pessoas estão extremamente desesperadas por ajuda", afirmou Valerie Amos, em declarações aos jornalistas, na capital das Filipinas, Manila.

"Necessitamos de dar-lhes assistência imediatamente. Eles já dizem que demorou muito tempo a chegar", sublinhou, ao frisar que a "prioridade imediata" é assegurar que a ajuda chega rapidamente a quem precisa.

As autoridades filipinas elevaram hoje para 2.357 o número de mortos provocados pelo tufão Haiyan, que arrasou o centro do país há seis dias.

O Conselho para a Gestão e Redução de Desastres das Filipinas, órgão que prossegue com o lento processo de contagem das vítimas, informou ainda, no seu mais recente relatório, do registo de 3.853 feridos e de um universo de 77 desaparecidos.

As autoridades filipinas antecipam, contudo, uma subida do número de vítimas mortais à medida que as equipas de resgate vão alcançando as zonas de difícil acesso, não descartando, nesta fase, a possibilidade de o balanço final se aproximar do da ONU.

As Nações Unidas estimam em dez mil o número de mortos na catástrofe, um valor colocado de parte, na noite de terça-feira, pelo Presidente filipino, Benigno Aquino, que calculou, em entrevista à CNN, que este se situe entre 2.000 e 2.500.

À luz dos dados oficiais disponibilizados até agora, o tufão Haiyan figura como a terceiro catástrofe natural mais mortífera da história das Filipinas, superada apenas pelo tsunami de 1975, que fez entre 5.000 e 8.000 mortos no sul da ilha de Mindanao, e pelas inundações provocadas, em 1991, pela tempestade "Thelma", que matou 5.100 habitantes da cidade de Ormoc, na ilha de Leyte.

No total, o tufão Haiyan afetou um milhão de famílias -- ou perto de oito milhões de pessoas -- em mais de 50 cidades do país, de acordo com dados do Conselho.

O Governo filipino calculou em 3.800 milhões de pesos (64,8 milhões de euros) a ajuda disponibilizada por 36 países e organizações, depois de a ONU ter instado a comunidade internacional a enviar uma verba de 301 milhões de dólares (224 milhões de euros) para responder, nos próximos seis meses, à situação de emergência que se vive atualmente nas Filipinas.

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