CGD: se as declarações não forem mantidas em sigilo a Administração demite-se
Porto Canal (AYR)
Seis administradores da Caixa Geral de Depósitos só aceitam mostrar declarações se forem mantidas em sigilo, ameaçando demitirem-se em bloco, indicou o jornal Público, esta sexta-feira de manhã.
A administração da CGD tomou uma posição irredutível e já a transmitiu ao Governo e ao Presidente da República: se o Tribunal Constitucional (TC) exigir as declarações de património, se não aceitar pelo menos mantê-las todas em sigilo até ao fim do mandato, a equipa de António Domingues demite-se em bloco, apurou o Público junto de fonte política.
A mesma fonte indica ainda que há pouca margem de manobra para que tal aconteça e que estão preparados para que a administração se demita mesmo.
O gabinete jurídico do banco está a avaliar os termos em que os administradores têm de entregar a declaração argumentando que há margem para vedar ao cidadão comum a consulta pública dos documentos que o TC vier a receber, ficando apenas disponíveis para as entidades com interesse legitimo, como o Ministério Público ou a Autoridade Tributária e Aduaneira.
Dos meios políticos chegou um avisou à Caixa que se a ideia for pedir segredo, é preciso fazê-lo já visto que o TC precisa de ter essa indicação quando se reunir para chegar a uma decisão final.