Donald Trump fez seis promessas controversas. Será que vai ter meios para as conseguir cumprir?

Donald Trump fez seis promessas controversas. Será que vai ter meios para as conseguir cumprir?
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Porto Canal (AYR)

Apesar da Câmara dos Representantes e do Senado ser composto por maioria republicana, tudo aponta que Trump não terá a vida facilitada quanto a cumprir as promessas que tanto deseja. Os efeitos colaterais a nível popular de algumas medidas são completamente devastadores mas aqui ficam apresentadas quatro promessas e os desenvolvimentos prováveis, segundo a imprensa internacional.

“Durante a Guerra Fria, tínhamos um teste ideológico. É tempo de desenvolver um novo teste para as ameaças que enfrentamos hoje. Chamo-lhe a seleção radical (dos imigrantes).”

Trump deseja construir um muro ou vedação ao longo da fronteira com o México, o que já existe parcialmente. Esse projeto teria um custo de oito a 12 mil milhões de dólares (7,2 a 10,8 mil milhões de euros), indicou o próprio, o que seria muito dispendioso. O elevado orçamento, a pressão das empresas que beneficiam da mão-de-obra estrangeira e da comunidade hispânica iriam criar uma barreira ao objetivo de Trump. Por outro lado, o projeto teria de passar pelo Congresso sendo apoiado pelos muitos republicanos que consideram uma ameaça à mão-de-obra americana a larga quantidade de migrantes clandestinos e legais.

“Vamos fechar acordos comerciais muito bons.”

Abster-se de aprovar a Parceria Trans-Pacífico ou forçar a renegociação do acordo de comércio livre com o México e o Canadá, impondo uma política fiscal mais dura nas exportações provenientes da China, são estas as opções de Trump. Mas tanto uma como outra teria consequências negativas na economia americana. Como? Os países afetados podem impôr taxas sobre os produtos americanos e a importação de produtos estrangeiros seria também mais cara.

"Imediatamente após a tomada de posse, vou pedir às chefias militares para me apresentarem um plano, no espaço de 30 dias, para derrotar o Estado Islâmico. O que vai implicar um combate militar, cibernético, financeiro e tecnológico.”

Donald Trump pretende defender os EUA do Estado Islâmico e como defesa recusa a entrada de refugiados sírios e muçulmanos no país e defende a criação de zonas para acolher pessoas que pretendem fugir ao conflito. Apesar de ser um gesto positivo perante a comunidade, o financiamento dessas zonas pelo Estados do Golfo não é garantido bem como a garantia de segurança prestada pela NATO ou pela ONU.

"O presidente Obama disse que quando um telemóvel novo aparece e tem problemas, é reparado e se acaba por se incendiar, então retiram-no do mercado. Pois olhe, é o que vou fazer com o seu Obamacare.”

Esta é das poucas propostas que Trump pode realmente cumprir mas as consequência políticas podem tornarem-se prejudiciais. Já com 51 votos republicanos nas Câmaras e no Senado, são necessários apenas mais nove para renovarem a legislação conhecida como Obamacare. Mas os votos que faltam não vão ser fáceis de conquistar sendo que o legado de Obama está em causa. Trump defende, então um maior controlo estadual sobre os planos de saúde para os desfavorecidos e ainda a criação de seguros a nível nacional para garantir o acesso à saúde. Com as nomeações certas e os discursos persuasivos, o novo presidente pode pôr fim ao Obamacare.

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