Passos Coelho critica quem quer instigar guerra contra professores e reformados

| Política
Porto Canal / Agências

Vila Real, 01 jun (Lusa) - O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou hoje, em Vila Real, de haver quem deliberadamente queira instigar uma guerra contra os professores, pensionistas e reformados no país.

Passos Coelho participou esta tarde na convenção autárquica do PSD de Vila Real, que teve como objetivo apresentar os candidatos sociais-democratas às 14 câmaras do distrito.

Durante o seu discurso, o líder do partido destacou os professores e os pensionistas.

"Há deliberadamente quem queira instigar uma guerra contra os professores como se nós agora quiséssemos despedir os professores todos e as escolas funcionassem sem professores, também há quem queira instigar contra os pensionistas e reformados".

O também primeiro-ministro não tem medo que falar dos professores leve o PSD a perder votos e afirmou que o Governo não tem nada contra esta classe profissional.

"Precisamos de professores nas nossas escolas, mas alguém de bom senso inventa que fazer se não existir alunos para que os professores deem as aulas. Faz sentido o Estado contratar todos os anos professores quando tem outros que não têm que fazer", salientou.

Passos Coelho garantiu ainda que o executivo não pensa colocar nenhum professore efetivo na mobilidade.

"Não é preciso, mas é preciso que os professores efetivos possam dar aulas. Não vamos pagar a um professor efetivo para não dar aulas numa escola e contratar um outro professor para outra escola em que há falta de professores", frisou.

E isto não é, garantiu, um discurso contra os professores.

E quanto aos reformados e pensionistas, Passos Coelho disse que se vai criando a ideia de que se quer "ir ao bolso" deles e que as pessoas ficam com medo.

"Apesar das imensas dificuldades porque vimos passando, quase 90 por cento dos pensionistas não foram afetados por medidas de redução do rendimento, isto é importante", sublinhou.

Mas, segundo referiu, muitas vezes quando se ouve o "debate político dá a impressão que é ao contrário, que ficam meia dúzia de fora e se está a afetar quase toda a gente".

O líder do PSD lembrou que o Governo PS congelou as pensões mínimas sociais e rurais, as quais foram já atualizadas pelo atual executivo, que conseguiu também reduzir significativamente o preço dos medicamentos.

"Eu gostaria que pudesse ser mais porque acho injusto que haja tanta gente com pensões tão baixas, mas é mais do que aqueles que não deram nada e não aceito que aqueles que não deram nada venham dizer que o que nós damos é pouco", afirmou.

Passos Coelho criticou a demagogia de quem esteve anteriormente no Governo.

"Porque havemos de nos mostrar constrangidos quando aqueles que conduziram o país à atual situação, o que querem é que o país gaste o que não tem e que prometa a rodos, como se fez no passado, o que nós não estamos em condições de poder assegurar", frisou.

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