Deputado que iniciou 'impeachment' diz que Dilma mentiu no Senado

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Porto Canal com Lusa

São Paulo, Brasil, 30 ago (Lusa) - O deputado brasileiro com mandato suspenso Eduardo Cunha, responsável pela abertura do processo de destituição de Dilma Rousseff, disse na segunda-feira que a chefe de Estado mentiu no depoimento que deu no julgamento do Senado (câmara alta parlamentar).

"A Presidente afastada [Dilma Rousseff] segue mentindo, visando a dar seguimento ao papel de personagem de documentário que resolveu exercer, após a certeza do seu impedimento, em curso pelo julgamento em andamento. A presidente afastada mente se utilizando da técnica fascista de que uma mentira é exaustivamente repetida até se tornar verdade", afirmou numa nota divulgada nas redes sociais.

Aos senadores, a Presidente com mandato suspenso declarou que Eduardo Cunha, quando exercia o cargo de Presidente da Câmara dos Deputados, arquitetou um plano contra ela juntamente com outros opositores, atuando diretamente para inviabilizar a aprovação de projetos enviados pelo seu Governo no último ano.

Eduardo Cunha, por outro lado, defendeu-se alegando que continua a ser acusado de desvio de poder pela abertura do processo de 'impeachment', mas que Dilma Rousseff "se esqueceu de que já buscou esse argumento no Supremo Tribunal Federal e não teve sucesso, reafirmando a lisura do meu ato".

Dilma Rousseff afirmou inúmeras vezes durante o depoimento que foi chantageada por Eduardo Cunha, que lhe teria dito que não aceitaria nenhum pedido de destituição se em troca a chefe de Estado garantisse o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT) na votação de um processo interno contra si, que lhe poderia custar o mandato.

Sobre este ponto, o deputado declarou na nota que "as tentativas de barganhas para que eu não abrisse o processo de 'impeachment' partiram do governo dela [Dilma Rousseff] e por mim não foram aceites, como já declarei em diversas oportunidades, denunciando com nomes e detalhes essas tentativas. Isso sim foi chantagem".

Inimigo declarado da Presidente com mandato suspenso e do PT, o deputado Eduardo Cunha foi afastado de seu cargo pelo Supremo Tribunal Federal, acusado de tentar impedir investigações de um processo em que se tenta apurar se Cunha mentiu numa comissão parlamentar, ao negar ter bens no estrangeiro, o que ainda está a ser analisado na Câmara dos Deputados.

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Lusa/ Fim

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