Catarina Martins, a candidata às legislativas pelo Bloco de Esquerda (BE), avalia uma hipotética possibilidade de coligação com o PS. Contudo o "BE não abdicará do que é o essencial do seu programa", como afirmou em entrevista ao Diário de Notícias (DN).
"Não há cheques em branco", foi desta forma que Catarina Martins, em entrevista ao DN, reagiu face a uma hipotética possibilidade de coligação com o PS. A porta-voz do BE, sublinhou diferenças entre o programa dos socialistas e do BE, que "não abdicará do que é o essencial do seu programa".
A deputada afirma que "é preciso reestruturar a dívida pública e parar com as privatizações", e este último ponto é algo que distingue o programa dos dois partidos, visto que "sobre as privatizações, o PS diz pouco, mas no seu cenário macroeconómico apresenta a ideia de que é preciso um regulamento para a boa privatização. Depois de este governo privatizar tudo o que é que o PS ainda quer privatizar com um bom regulamento? Hospitais? A Segurança Social? O que é preciso é parar as privatizações!" como aferiu.
Face à reestruturação da dívida, Catarina Martins afirma que esta é essencial para "travar a sangria de recursos do país" e aproveitou para críticar o candidato socialista que se mantém neutro relativamente a este tema, "porque tem medo que lhe batam com a porta na cara em Bruxelas". Para a deputada, Portugal tem de levar o tema da reestruturação à mesa de negociações do Conselho Europeu, pois face à situação actual do país "não temos outra solução a não ser fazê-lo".
A política afirma aindaque o partido que vai defender no dia 4 de Outubro, nunca faltará a um governo que tenha como movitações:" travar a saída de riqueza do país e travar o empobrecimento do seu trabalho e equilibrar o jogo", concluiu.
Imagem: Facebook Bloco de Esquerda - Porto