O FC Porto foi eliminado da Taça da Liga após perder na meia-final frente ao Sporting (1-0). Para Vítor Bruno, “os jogos divididos resolvem-se nos detalhes” e, apesar dos Dragões terem “entrado a controlar e dominar”, “o Sporting resolveu o jogo num momento precoce da segunda parte e depois conseguiu lidar muito bem com a vantagem no marcador”.

Afastados da competição, o foco dos portistas volta-se agora para “o jogo contra o CD Nacional e para o campeonato que é o principal objetivo”. “Os adeptos, sócios e a equipa sentem muito e o FC Porto nasceu para ganhar, agora temos de ir atrás do campeonato”, acrescentou o técnico azul e branco.

Análise ao clássico

“A primeira parte parece-me boa, nos primeiros 30 minutos estivemos a controlar e a dominar, fomos ousados na forma como crescemos para a pressão, tivemos dois ou três lances para finalizar com outro critério, mas para haver golos é preciso enquadrar os remates na baliza e nós não enquadrámos. Tivemos o lance do Nico e o do Mora para fazer golo e não fizemos. No final da primeira parte o Sporting acerca-se da nossa baliza sem grande perigo, mas nivelou o jogo. A segunda parte ficou muito condicionada pelo golo, que surge numa fase muito precoce. Eles fizeram o golo e nós tentámos injetar a partir de fora algumas munições e conseguimos crescer um pouco nos últimos 25 minutos com a ajuda do João Mário e do Zaidu, depois metemos dois avançados na frente para tentar criar dificuldades na parte final, mas não criámos nenhum lance de perigo. O Sporting passou a ter algum conforto e a controlar a zona frontal da baliza no último terço. Agora temos de ser mais acutilantes e dar mais ritmo do que estamos a dar.”

A importância dos detalhes

“Sabíamos que a equipa estava muito encolhida atrás e queríamos lançar mensagens para dentro do campo, mas isso coincidiu com o golo sofrido e nós mantivemos o que tínhamos previsto. Nesse momento ia entrar o Fábio (Vieira) e o Zaidu e, mais tarde, tentámos canalizar jogo exterior com as entradas do Iván Jaime e do João Mário. Percebemos que o espaço estava mais por fora, tivemos um ou outro cruzamento, fomos tentando, a equipa cresceu em dimensão ofensiva, instalou-se no meio campo adversário, sempre sujeitos a um ou outro momento de transição porque o Sporting é forte nesses momentos e tem um avançado muito poderoso a atacar profundidade. Ainda assim conseguimos controlar e o Sporting não tem nenhum lance claro de golo, à exceção daquele que faz. Foi um jogo dividido no total, resolvido nos detalhes.”

Outra mentalidade

“Temos de dar passos em frente. Em competições a eliminar é preciso ter outro rigor, temos de ter outra mentalidade competitiva. Estes jogos resolvem-se em detalhes e o Sporting resolveu num momento precoce da segunda parte e depois conseguiu lidar muito bem com a vantagem no marcador. Não nos serve de conforto termos melhorado a exibição neste clássico, temos de olhar para a frente e canalizar o nosso pensamento no jogo contra o CD Nacional, foco no campeonato que é o nosso objetivo.”

Foco no objetivo

“Os adeptos, sócios e a equipa sentem muito. O FC Porto é um clube ganhador e que nasceu para ganhar e agora temos de ir atrás do campeonato.”