Legislativas 2015

Diogo Freitas do Amaral apoia PS

Porto Canal - 09-09-2015 15:09:18

Diogo Freitas do Amaral redigiu um artigo para a VISÃO desta quinta-feira, onde defende o voto no Partido Socialista (PS) para que exista "justiça social em democracia e na Europa".

Diogo Freitas do Amaral apoia PS

O fundador do CDS-PP Freitas do Amaral, defendeu o voto no PS, para que exista "justiça social em democracia e na Europa". Conhecido pelo seu apoio à ala direita, o ex-ministro citou Churchill para justificar este apoio aos socialistas: "às vezes é necessário mudar de voto ou de partido, para não ter de mudar de princípios".

Passos Coelho foi alvo de críticas por parte de Amaral, embora este reconheça que o actual primeiro-ministro tenha alcançado resultados económicos positivos. O ex-primeiro-ministro questionou “a que preço?” é que Passos Coelho atingiu estes resultados, indicando o corte de salários e pensões, a falência de empresas, despedimentos em grande escala, aumento no desemprego, o corte acesso à saúde e às prestações sociais como malefícios adoptados pelo actual primeiro-ministro (PM) para que estes resultados fossem alcançados. “E, mesmo assim, não conseguiu atingir, em Maio de 2014, os principais objectivos iniciais do "Memorando" de 2011”, como afirmou no artigo.

Freitas do Amaral enumera aqueles que são os principais defeitos do actual PM, no seu entender, acusando-o de “manipular os números, para poder fugir à verdade plena, sobretudo através de omissões e meias verdades”. Para além disso, confessou não gostar do “estilo neoautoritário do PM, que aos poucos conseguiu controlar quase todos os órgãos da comunicação social” e sustenta “que foi mesmo antidemocrático fazer repetidas e graves acusações ao Tribunal Constitucional, o que nunca tinha acontecido desde que ele existe”. Para além disso criticou a concessão das empresas portuguesas a estrangeiros.

O PS nutre mais simpatia, por parte do ex-primeiro-ministro, do que o PSD na sua actual forma, acrescentando ainda que o PS tem como tradição “corrigir os excessos de outros que ocuparam o poder antes dele: foi assim duas vezes com Mário Soares (1976-78 e 1983-85) e foi assim nos primeiros tempos de José Sócrates, que entre 2005 e 2008 fez baixar o enorme défice orçamental de Santana Lopes, de quase 7% do PIB para menos de 3%!”. Ainda admitiu que o PS se assume como um “partido do crescimento económico e da criação de emprego, dentro dos necessários equilíbrios financeiros”.

Freitas do Amaral sublinhou repetidamente que não existirá o perigo de regressar ao estado económico registado em 2011, “porque o Lehman Brothers não vai falir outra vez; porque a União Europeia está hoje melhor apetrechada para controlar crises sistémicas; e porque os partidos políticos aprendem com os seus próprios erros”.

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