As projeções das televisões para a abstenção nas eleições legislativas de hoje situam-se entre os 35 e os 43%.
A RTP avançou às 19:00 com uma previsão de abstenção de 35 a 40%, a SIC com 36,9 a 41,3% e a TVI entre os 39 e os 43%.
Em 2011, a abstenção situou-se nos 41,9%, a mais elevada de sempre registada em legislativas.
Para as eleições de hoje estavam recenseados 9.682.369 os eleitores, segundo dados da Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna.
Às 16:00 mais de quatro milhões de eleitores já tinham votado, o que representava 44,38% dos 9,6 milhões de eleitores inscritos, uma subida de 2,4 pontos percentuais, face às anteriores legislativas.
A taxa de abstenção em eleições legislativas tem vindo a aumentar em Portugal desde o primeiro sufrágio universal livre do género, há 40 anos, quando escassos 8,34 % dos eleitores não se deslocaram às assembleias de voto.
De pouco mais de 8% em 1975, a taxa de abstenção cresceu assim exponencialmente até aos 41,9% em 2011, depois de em 2009 se ter registado uma taxa de 40,32%.
Só em três ocasiões se verificou um ligeiro abrandamento da tendência, em 1980, 2002 e 2005, respetivamente quando a coligação Aliança Democrática (AD) - constituída pelo PPD-PSD, o CDS e o Partido Popular Monárquico - venceu pela segunda vez, com maioria absoluta, assim como no triunfo do PSD de Durão Barroso e na primeira maioria absoluta do PS, com José Sócrates.
Em 1980 a abstenção recuou para 16,06 %, quando nas anteriores legislativas, tinha atingido 17,13 %, em 02 de dezembro de 1979.
Trinta e dois anos depois, a 17 de março de 2002, quando os sociais-democratas, liderados por Durão Barroso, ganharam as eleições, a taxa de abstenção cifrou-se em 38,52%, ligeiramente abaixo dos 38,91 % registados na segunda eleição de Guterres, em 10 de outubro de 1999.
Logo nas eleições seguintes, em 2005, que deram a Sócrates o seu primeiro mandato como primeiro-ministro, a abstenção ficou-se pelos 35,74 %, face aos anteriores 38,52.