As eleições locais intercalares para a Assembleia de Freguesia foram marcadas porque o executivo da Junta local, do Partido Socialista, "caiu" no passado mês de junho, na sequência de desavenças entre elementos da lista.

Na altura, após a presidente Sílvia Lomba ter retirado a confiança política ao tesoureiro, Virgílio Campos, os restantes elementos do PS demitiram-se em bloco, ao lado da líder da Junta de Freguesia.

Sílvia Lomba explicou que o então tesoureiro "demonstrou falta de lealdade para com o executivo e, apesar de ter sido convidado a demitir-se, não o fez".

Assim sendo, explicou a autarca, "não estavam reunidas condições para que se mantivesse em funções, e os restantes elementos do PS do executivo, demitiram-se, em solidariedade comigo".

Esta desavença levou a que o PS pedisse a antecipação das eleições, com Sílvia Lomba a recandidatar-se ao mesmo lugar que mantinha antes da demissão.

"Tenho um compromisso com os fajozenses e mantenho a minha disponibilidade para dar continuidade o meu trabalho que foi interrompido em circunstâncias que lamento. Vou novamente a votos com mesma vontade e com a convicção de que as pessoas me darão, de novo, a confiança", disse a candidata.

Sílvia Lomba afirmou, ainda, que o seu projeto "é o mesmo que foi sufragado no último ato eleitoral, assim como a lista que mantém quase todos os elementos, com a exceção do tesoureiro".

Além da candidata do PS, concorrem ainda a este ato eleitoral listas lideradas por Carlos Eugénio, do PSD, e por Domingos Gomes, da CDU.

"Decidi candidatar-me porque há vários anos que estou ligado à política local e acho que estes dois últimos anos a freguesia está muito parada, não desenvolveu. Aquilo que deviam fazer não foi concretizado", disse o candidato social-democrata Carlos Eugénio, que é membro da Assembleia de Freguesia há vários anos.

Do seu programa eleitoral, Carlos Eugénio sublinhou a aposta na melhoria de algumas ruas na freguesia e, em termos ambientais, uma mais eficaz drenagem das águas nos períodos de mau tempo.

Já Domingos Gomes, 75 anos, encadernador aposentado, é o candidato pela CDU, e revelou que "gostaria de ser eleito para defender os interesses da terra".

"Temos sempre confiança. Já não metíamos um membro na Assembleia de Freguesia há vários anos e em 2013 metemos um, que agora não se quis candidatar. Eu candidatei-me para pelo menos ser eleito para a Assembleia de Freguesia e poder defender os interesses do povo em áreas como a saúde, educação, desporto e problemas sociais", assinalou.