O secretário-geral do PS admitiu hoje estar a seguir o caminho mais difícil na campanha eleitoral, recusando tentar passar de mansinho sem programa, e defendeu que é um direito saber ao que vai um candidato a primeiro-ministro.
António Costa falava no discurso de encerramento do comício socialista na Feira Industrial de Lisboa (FIL), em que referiu ter ouvido "críticas extraordinárias" à sua atuação, porque passava a campanha eleitoral a discutir números, quando as campanhas fazem-se a distribuir promessas.
"Pois estão muito enganados, não é assim que faço campanhas eleitorais, nunca foi assim que fiz campanhas eleitorais. Se calhar teria sido mais fácil fazer como eles fazem [coligação PSD/CDS-PP], não propondo nada para o futuro, nada de contas a apresentar - e tudo passava de mansinho. Há outros que gostam mais de outro estilo, mas eu gosto desta minha maneira de fazer política", declarou o líder socialista.