Os colégios com contrato de associação, que perderam o financiamento, estão a manter as inscrições para o novo ano letivo e a aceitar alunos fora da freguesia do colégio. Desta forma, vão contra a decisão do Ministério da Educação (ME).

Os colégios aceitaram inscrições e assumem ter turmas cheias. Se o Governo não financiar as mesmas, muitos dos privados irão assumir os custos e colocar o Estado em tribunal. Há também pais sobreaviso, no caso dos colégios não se predisporem a assumir os custos, para o facto de terem de pagar o colégio do próprio bolso. Em declarações ao Diário de Notícias, o ME referiu que vai financiar apenas as turmas que já tinham contrato assinado, “nos restantes casos, o Estado não assegura financiamento de turmas de início de ciclo em colégios", refere.

O problema nasce do pressuposto dos colégios pensarem que os contratos assinados com o antigo Governo ainda estão em vigor. No entanto, a abertura de turmas de início de ciclo está dependente de avaliação anual.

A Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) mostra-se apreensiva perante o cenário: ”sobre a situação de um conjunto expressivo de alunos cujo futuro é ainda incerto e sobre o futuro também de centenas de profissionais docentes e não docentes".