A cobrança do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) poderá sofrer quebra de 200 mil euros, segundo prevê a Câmara Municipal do Funchal, nos próximos dois anos, na sequência de isenção decretada para as famílias afetadas pelos incêndios da semana passada.

O presidente da autarquia, Paulo Cafôfo, afirma que o município do Funchal calcula em 61 milhões de euros o valor dos prejuízos provocados pelos incêndios (300 habitações que foram total ou parcialmente destruídas pelo fogo, abrangendo cerca de 280 famílias). Entre bens privados e públicos, sublinha que o município só estará satisfeito quando o financiamento para a reconstrução estiver garantido.

Paulo Cafôfo referiu que vai acontecer um encontro entre o Governo da República, o Governo Regional e a Câmara Municipal, no dia 26 de agosto, no Funchal. O grande objetivo é canalizar verbas de alguns programas comunitários para os trabalhos de reconstrução das áreas afetadas pelos incêndios da semana passada, que para além de um vasto rasto de destruição fizeram três mortos e um ferido grave no concelho do Funchal.

Na sequência dos incêndios, a Câmara do Funchal decidiu isentar cidadãos diretamente atingidos do pagamento de várias taxas municipais e, por outro lado, deliberou que a população das áreas mais afetadas não irá pagar qualquer valor acrescido pelo consumo excessivo de água.