Chamas consumiram área de 1.431 hectares em Gondomar

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Porto Canal com Lusa

Os incêndios que têm lavrado em Gondomar consumiram uma área de 1.431 hectares, indicou hoje o presidente da Câmara, Marco Martins, apontando que "a prioridade é prevenir", após a extinção dos principais focos, "porque há bolsas muito preocupantes".

No concelho de Gondomar, resumiu, "há uma semana tínhamos 37 hectares de área ardida. Hoje temos 1.431. E só foi possível ter este número reduzido porque o dispositivo tem sido incansável e inexcedível e a população também tem sido extraordinária com os bombeiros. Têm sido dias assustadores".

O autarca falava após uma reunião com a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, que visitou o posto de comando montado em Gondomar, concelho onde ao longo de sete dias lavraram vários incêndios - nomeadamente em Melres, São Pedro da Cova, Jovim, Valbom e Foz do Sousa, alguns fruto de reacendimentos que ocorrem durante a noite devido à intensidade do vento.

"Temos de manter a vigilância devido ao vento forte. A prioridade é prevenir porque há bolsas muito preocupantes", salientou Marco Martins, enquanto a ministra da Administração Interna falou em "evitar novas ignições" e aproveitou para deixar um apelo aos cidadãos para que evitem comportamentos de risco.

"Acionar uma máquina rebarbadora pode fazer uma ignição e um incêndio de dimensões incontroláveis", exemplificou Constança Urbano de Sousa, que fez em Gondomar um ponto de situação sobre os meios aéreos pesados que estão no terreno.

A propósito da necessidade desses meios pesados, e um dia depois de ter lamentado que não tivessem chegado a Gondomar, Marco Martins referiu: "É verdade que precisávamos de mais meios aéreos pesados, mas também é verdade que todos os meios aéreos disponíveis estavam empenhados no território nacional".

O autarca, que é também presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto, entidade que acionou às 00:15 de segunda-feira o Plano Distrital de Emergência (PDE), adiantou que será feita hoje por volta das 19:00 uma reavaliação sobre se este plano deverá ou não manter-se.

O PDE do Porto está ativo até às 20:00 e a prolongar-se, a decisão de por quanto tempo ficará acionado será feita após proposta do comandante distrital de Proteção Civil.

"A decisão será tomada em função de como correr o dia e em função das previsões para amanhã e depois [sexta-feira e sábado]", indicou Marco Martins.

Quer o presidente da câmara, quer a ministra sublinharam um "agradecimento" aos operacionais que estão no terreno a combater os fogos, enumerando as várias forças de segurança, entidades de Proteção Civil, corporações de bombeiros, e também destacaram o "envolvimento solidário" da população.

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