Paulo Portas 'escapa' às incompatibilidades e já é administrador de quatro empresas do México

Paulo Portas 'escapa' às incompatibilidades e já é administrador de quatro empresas do México
| Política
Porto Canal (IYM)

Paulo Portas, antigo Vice-Primeiro-Ministro, é administrador não executivo de quatro empresas de um grupo petrolífero, no México. O grupo mexicano Pemex, embora tenha uma parceria com a Galp, não tem qualquer relação com o Estado português.

O ex Vice-Primeiro-Ministro Paulo Portas foi nomeado para administrador não executivo de quatro empresas do grupo petrolífero Pemex. Contudo, esta nomeação “não encaixará” numa incompatibilidade, admitiu Delgado Alves, ao jornal i, embora “suscite dúvidas”, diz o deputado do Bloco de Esquerda Pedro Soares.

Paulo Portas esteve recentemente a ocupar o cargo de Vice-Primeiro-Ministro do Governo PSD-CDS e vai agora ocupar, na holding Mex Gás Entreprises SL, e nas subsidiárias Mex Gas Internacional, Mex Gas Supply e Mex Gas Trading (sediadas em Madrid), o lugar que pertencia a Vuk Jeremic. Portas terá funções semelhantes ao antigo Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros da Sérvia, ficando então encarregue da análise estratégica e avaliação de riscos e oportunidades económicas em mercados, países e regiões onde a empresa atua.

O grupo mexicano tem um acordo com a Galp (que é “confidencial” durante 12 anos, e só será divulgado em outubro de 2026), mas trata-se de um memorando assinado pelas duas empresas privadas, que à partida nada tem relacionado com o Estado português.

Desde 29 de julho, na holding, e 4 de agosto nas outras três empresas, que Paulo Portas assume o cargo de "consejero independente". A empresa Pemex está atenta à situação dos mercados do Brasil, os Estados Unidos da América e a Espanha, assim como às consequências do brexit (a saída da Grã-Bretanha da União Europeia).

Segundo o Diário de Notícias , a Comissão Eventual para o Reforço da Transparência no Exercício de Funções Públicas tem, neste momento entre mãos, a discussão sobre o período de nojo (um ano e meio em Portugal) que um político deve observar depois de deixar as suas funções.

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