Rui Moreira confia que critérios técnicos justifiquem expansão do metro no Porto

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Porto Canal com Lusa

Porto, 19 jul (Lusa) -- O presidente da Câmara do Porto disse hoje acreditar que, tendo em conta "argumentos absolutamente técnicos", a cidade não vai ser excluída do projeto do Governo para expandir a rede de metro na Área Metropolitana.

"Não quero acreditar que o Porto possa ficar fora disto por argumentos absolutamente técnicos. Olhando para a rede, vemos onde está a procura. Falei com o primeiro ministro e com o ministro do Ambiente transmitindo que o Porto espera sentado por uma análise custo-benefício [das várias linhas da segunda fase do metro, que abrangem vários concelhos da Área Metropolitana do Porto (AMP)]", afirmou Rui Moreira, na reunião camarária pública.

O autarca independente voltou a criticar os deputados da Assembleia da República (AR) que aprovaram por unanimidade uma proposta do PCP que recomenda ao Governo a expansão da rede do metro em Gaia, Gondomar e Trofa.

"Com certeza que, no tempo certo, as forças políticas serão chamadas a responder e o eleitorado lhes pagará com a devida moeda. O que surge, por parte dos deputados que aprovaram a recomendação, é a política e a demagogia no seu pior", frisou Rui Moreira, que lamenta que o Parlamento não tenha acautelado os interesses da cidade do Porto.

"Fomos surpreendidos com a aprovação, por unanimidade, de uma resolução relativa ao modelo de ampliação do metro que exclui a cidade do Porto", notou.

A questão foi abordada por Amorim Pereira, do PSD, para quem "a exigência do metro do Porto tem de estar na agenda".

"É preciso, de uma vez por todas, que se estabeleçam regras para saber com o que se conta na cidade. Ou, então, abrir os olhos e fazer uma reivindicação nessa área de transportes alternativos. Já aqui falei no elétrico", afirmou o social-democrata.

Ricardo Almeida, do PSD, lamentou a falta de "articulação entre o PCP, o PS e o ministro do Ambiente" devido às posições contraditórias que assumiram sobre o assunto.

"Os senhores, que não conseguem articular com a concelhia [do PSD], estão preocupados?", questionou Manuel Pizarro, do PS.

"Estou muito satisfeito com as decisões do ministro. O governo do seu partido diria que não havia recursos para expandir o metro. O secretário de Estado do seu partido disse que, por cada euro investido no metro do Porto, haveria outro euro investido em Lisboa. O que disse agora o ministro do Ambiente é que haverá um investimento de 1,50 euros no metro do Porto por cada euro investido no metro de Lisboa", afirmou.

A 08 de julho, a AR aprovou por unanimidade uma proposta do PCP que recomenda ao Governo o início da construção da ligação do ISMAI à Trofa até ao final de 2017 e "que sejam tomadas as medidas necessárias para a planificação que conduza ao prolongamento da Linha D (Amarela) até Vila D'Este (Vila Nova de Gaia)" e da Linha F (Laranja) até Gondomar.

De fora ficou a chamada linha ocidental do Porto, que ligará a Estação de São Bento e Matosinhos via Campo Alegre e Parque da Cidade e que a autarquia considera prioritária.

Hoje, na reunião camarária, a Câmara do Porto aprovou, com o voto contra da CDU e a abstenção do vereador do PSD Ricardo Almeida, a criação de uma Empresa Municipal de Ambiente, que assumirá a gestão do sistema de recolha de resíduos urbanos e de limpeza do espaço público, de acordo com a proposta a discutir em reunião de executivo.

Segundo o documento a que a Lusa teve acesso, a nova empresa municipal terá capital social de 465,6 mil euros, será presidida pelo vereador do Ambiente, Filipe Araújo e terá como vogais Artur Basto e Luís Bragança de Assunção.

A empresa assume as responsabilidades nesta área que estavam com a Divisão Municipal de Limpeza Urbana e Transportes.

A autarquia aprovou também, com o voto contra da CDU e a abstenção do Ricardo Almeida, a alienação do chamado Edifício Transparente, avaliado em 7,96 milhões de euros.

ACG.

Lusa/fim

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