Pais de crianças do pré-escolar de Mangualde em protesto
Porto Canal / Agências
Mangualde, 21 out (Lusa) - Cerca de duas dezenas de pais e encarregados de educação de crianças que frequentam o pré-escolar em escolas do concelho de Mangualde concentraram-se hoje, à entrada do jardim-de-infância de Cubos, em protesto contra a mudança de educadora.
"Os nossos filhos estão a ser tratados como objetos e não como crianças com sentimentos. É uma falta de respeito mudarem a educadora às crianças um mês e meio depois do arranque do ano letivo", defendeu Rute Fragoso, representante dos pais do jardim-de-infância de Cubos.
Alguns pais e encarregados de educação optaram por não levar os seus filhos à escola em jeito de protesto e prometem voltar a fazê-lo na terça-feira.
"Queremos que a educadora se mantenha na escola até ao final do ano. Espero que os responsáveis tenham o bom senso de adiar estas alterações até ao final do ano letivo", alegou.
Contactado pela Agência Lusa, o subdiretor do Agrupamento de Escolas de Mangualde, Fernando Espinha, explicou que um despacho do diretor geral dos Estabelecimentos Escolares determinou que a educadora do jardim-de-infância de Cubos fosse colocada numa outra escola do Agrupamento de Mangualde.
"A mudança da educadora para outra escola não foi uma decisão nossa. O Agrupamento de Escolas de Mangualde apenas deu cumprimento a um despacho do diretor geral dos Estabelecimentos Escolares", revelou.
Fernando Espinha sublinhou que este despacho teve "um efeito dominó", já que determinou mudanças em mais cinco jardins-de-infância do agrupamento.
"Para além de Cubos, esta decisão trouxe mexidas em Moimenta de Maceira Dão, Tibaldinho, Mesquitela e dois infantários da cidade de Mangualde", informou.
A representante dos pais do jardim-de-infância de Cubos realçou que o protesto de hoje não visou outros educadores que venham a ser colocados.
"O que queremos é que a educadora se mantenha até final do ano para haver continuidade pedagógica e não se perder mais tempo com períodos de readaptação. Apelamos ao bom senso de todos de forma a que esta alteração seja adiada até final do ano", concluiu.
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