Marcelo diz que "não vale a pena dramatizar" projeções do Banco de Portugal

| Política
Porto Canal com Lusa

O Presidente da República disse hoje que "não vale a pena dramatizar" a projeção do crescimento económico hoje apresentada pelo Banco de Portugal, até porque "as várias instituições não sabem exatamente onde vai parar a economia internacional".

"Não há alterações substanciais àquilo que se sabia e que justifica o que eu tenho dito várias vezes. É uma situação em que não vale a pena dramatizar. Reage-se naturalmente", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa no final da sessão de entrega de prémios do 6.º Concurso de Educação Financeira que decorreu hoje no Porto.

O Banco de Portugal reviu hoje em baixa as projeções de crescimento económico, esperando um aumento de 1,3% este ano e que, em 2018, o nível do Produto Interno Bruto (PIB) esteja próximo mas abaixo do registado antes da crise de 2008.

Questionado sobre a projeção e o alerta do Banco de Portugal para a eventual necessidade de medidas adicionais para cumprir défice, o Presidente da República disse ver a situação "como confirmação dos números que têm vindo a sair".

"Por um lado o Banco de Portugal disse o óbvio, que a situação internacional não está boa e não está a melhorar. Veremos se está a piorar ou não está a melhorar", acrescentou, defendendo ser esta projeção "menos desfavorável que a OCDE".

O chefe de Estado assinalou ainda que "o comércio internacional não está a melhorar", o que "limita muito" as exportações e o investimento em Portugal

"No fundo já se percebeu que as várias instituições não sabem exatamente onde vai parar a economia internacional e portanto a economia portuguesa. Vamos esperar para ver. O que for preciso ir reajustando é reajustável", disse.

De acordo com o Boletim Económico de junho divulgado hoje, o Banco de Portugal (BdP) antecipa que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,3% este ano (contra os 1,5% previstos em março), acelerando para os 1,6% em 2017 (abaixo dos 1,7% antecipados há três meses) e diminuindo ligeiramente para os 1,5% em 2018 (contra os 1,6% anteriormente projetados).

Estas previsões são mais pessimistas do que as do Governo, que em abril antecipou que o PIB crescesse 1,8% este ano e no próximo, acelerando o ritmo de crescimento ligeiramente nos anos seguintes, para os 1,9% em 2018 e para os 2% em 2020.

LIL (ND) // ZO

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