Ministra da Administração Interna e Oficiais de Comando da GNR em conflito
Porto Canal (AYS)
Constança Urbano de Sousa propôs promover a General, coronéis com dois anos de curso em vez dos cinco anos obrigatórios da Academia Militar. O Comando Geral da GNR mostra-se contra esta proposta.
Os oficiais de topo leram a proposta de estatuto da ministra promovendo a General, coronéis oficiais com curso de formação (CFO) de apenas dois anos em vez dos cinco obrigatórios; limitar a três anos a permanência dos altos quadros do Exército e condicionar a sua saída até 2020.
75% dos oficiais da GNR, compostos pelos formados pela Academia Militar, estão contra esta proposta.
Em declarações ao DN, os oficiais formados pela academia revelam que a ministra desvaloriza a tensão e trata-se de “uma mera proposta de disposição transitória, proposta esta que ainda não está consolidada”.
Constança sublinha que “o objetivo é apenas que possam ser nomeados para o Curso de Promoção a Oficial General (CPOG) oficiais do posto de Coronel que sejam titulares do grau de mestre ou licenciatura pré-bolonha e preencham as restantes condições gerais e especiais de promoção”.
Em apoio à Ministra, Albano Pereira, antigo chefe de Investigação Criminal da GNR sugere: “leiam a Constituição da República Portuguesa, no que diz respeito à igualdade de oportunidades e à não discriminação".