Seguradora Ageas admite fazer novas aquisições em Portugal

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 26 abr (Lusa) - O grupo segurador belga Ageas, que adquiriu recentemente à francesa Axa a sua operação em Portugal, acredita no potencial de crescimento do setor e admite fazer novas compras, avançou hoje Steven Braekeveldt, líder da Ageas Seguros.

"Há espaço para crescer e, se a oportunidade se apresentar, a Ageas vai olhar para ela", disse à agência Lusa o responsável, que preside o grupo na Europa Continental, garantindo que a seguradora, que já atua em Portugal há 10 anos, "está cá para o longo prazo".

No dia do lançamento da nova marca, que se junta à Ocidental Seguros e à Médis na carteira do grupo que opera em 14 países, o gestor sublinhou que Portugal já é o segundo mercado da Ageas a seguir à Bélgica e que a entidade está "extremamente satisfeita com as operações".

Quanto à compra da Axa Portugal, fechada há poucos meses por um valor próximo de 200 milhões de euros, Steven Braekeveldt realçou que foi uma "oportunidade" para o grupo belga reforçar a aposta no mercado português.

Já sobre o montante do negócio, o responsável disse apenas que o objetivo da Ageas é "sempre dar o preço certo para o risco" assumido, ainda que garantindo que a seguradora adquirida foi alvo de um profundo estudo e que acredita que vai ser rentável com a nova gestão.

As vendas nos últimos anos de grandes seguradoras em Portugal, com a Fidelidade a sair do universo público (Caixa Geral de Depósitos) para o grupo chinês Fosun, e a norte-americana Apollo a adquirir a Tranquilidade ao Novo Banco, foram seguidas pela Agea, admitiu o responsável.

"Vamos passo por passo. Já estávamos a estudar a Axa e só temos dois braços e duas pernas", comentou.

De resto, a equipa que vai liderar a Ageas Seguros está agora a ser formada, uma vez que a anterior equipa de responsáveis, quase todos estrangeiros, regressou ao grupo francês Axa para retomar as suas funções depois da venda da unidade portuguesa.

"É um processo em marcha, estamos a escolher as pessoas e a maioria serão portuguesas", adiantou o presidente interino da Ageas Seguros, que é a segunda maior seguradora em Portugal, apenas ultrapassada pela Fidelidade, com quotas de mercado de 13% no ramo Não Vida e entre 15% a 16% no ramo Vida.

Questionado sobre se vai manter os cerca de 700 trabalhadores da ex-Axa Portugal, incluindo a seguradora Direct, ou se quer reduzir ou expandir o quadro de pessoal, Steven Braekeveldt afasta o cenário de despedimentos no grupo que passa a contar com um total de 1.400 trabalhadores em Portugal e mostra otimismo.

"A minha satisfação era fazer crescer o mercado de forma a contratar mais gente", lançou, aproveitando para considerar "inaceitável" que haja seguradoras a "perder dinheiro" nalguns ramos, como o dos acidentes de trabalho.

Para rentabilizar o avultado investimento na compra da agora Ageas Seguros, o gestor disse não ter "a varinha mágica do Harry Potter", mas que "as pessoas vão sempre precisar de seguros", pelo que o essencial é acompanhar as mudanças na indústria financeira, seja na banca ou nos seguros.

E rematou: "Toda a economia está a mudar. Há uma evolução social com a forte componente tecnológica e a estratégia do grupo Ageas é seguir as novas tendências do mercado".

DN//CSJ

Lusa/fim

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