Sindicato acusa hospital de S. João de por em risco a saúde dos utentes ao contratar empresa de limpeza para prestação de serviços de auxiliar de ação médica

| Norte
Porto Canal / Agências

Porto, 09 out (Lusa) -- Um sindicato acusou hoje o Hospital de S. João, no Porto, de ter contratado uma empresa de limpeza para prestação de serviços de auxiliar de ação médica, considerando que esta situação "pode pôr em risco a saúde dos utentes".

Em comunicado enviado à agência Lusa, o Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN) relata que a 05 setembro teve conhecimento que o Hospital S. João "contratou à empresa Limpotécnica oito trabalhadores para prestação de cuidados diretos ao doente", conhecidos como "auxiliares de ação médica", para trabalhar em serviços como medicina, doenças infeciosas, serviço de sangue, unidade de cuidado netropénicos.

"O STFPSN recebeu um ofício da Administração do Hospital de S. João confirmando esta prática e dirigiu imediatamente dois ofícios à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e ao Ministério da Saúde, em função da gravidade da situação", relata.

O STFPSN denuncia que "há trabalhadores indiferenciados a fazer trabalho que pode pôr em risco a saúde dos utentes" e denuncia o facto de hoje terem sido contratados mais 25 trabalhadores nestas mesmas condições.

Contactada pela agência Lusa, fonte do Hospital S. João explica que a unidade de saúde só contratou "serviços de limpeza e higienização" e que "quaisquer outras questões têm que ser colocadas à empresa em causa" e não ao hospital.

O sindicato recorda que, a 06 de setembro, solicitou informações à administração do hospital e por não ter obtido esclarecimentos "em tempo útil" remeteu ofício à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, no dia 17 de setembro.

Sobre o ofício que recebeu do 'S. João', "curiosamente" no dia seguinte, o sindicato questiona o facto de o hospital alegar "que não pode celebrar novos contratos individuais de trabalho" e, no entanto, contratar novos trabalhadores através das empresas prestadoras de serviços, com custos superiores.

"Estes trabalhadores estão a prestar apoio direto ao doente, já trabalham sozinhos nas enfermarias, levam os doentes aos banhos, dão a alimentação aos doentes, posicionam os doentes nas camas, por exemplo", relata, considerando que estas tarefas "requerem experiência e formação específica que estes trabalhadores não possuem".

"O Hospital S. João assume que, do ponto de vista da formação ,o grupo profissional 'assistentes operacionais' sempre foi composto por pessoal indiferenciado. Isto é uma mentira flagrante porque estes trabalhadores têm conteúdo funcional, ou seja, têm tarefas concretas de contacto com o doente que exige uma formação adequada", sublinha.

JF // JGJ

Lusa/fim

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