Braga vai recuperar património romano
Porto Canal (LYF)
A Câmara Municipal de Braga lançou um plano de pormenor e salvaguarda que visa a recuperação de uma ruína descoberta em 1983. Foi no Museu D. Diogo de Sousa, na referida cidade, que se realizou na passada semana, um debate no qual foi discutida a recuperação da Ínsula das Carvalheiras.
A Ínsula das Carvalheiras é um quarteirão de Bracara Augusta que deverá ser musealizado dentro de dois a três anos, dando aos visitantes a possibilidade de visitar as ruínas de uma luxuosa “domus”, construída por volta do século I, e que terá depois sido uma insula com um balneário público.
A proteção da descoberta de há mais de 30 anos foi um assunto discutido entre autarcas e arqueólogos, sendo unânime a necessidade da sua recuperação, conta o jornal PÚBLICO.
A diretora do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, Isabel Silva, foi uma das participantes do debate e deixou a sua opinião “não pode ser apenas um local de passagem, tem de ser também um lugar de fruição da cidade”.
As únicas intervenções feitas no local nos últimos anos têm sido no âmbito da limpeza.
Isabel Silva diz que aquele espaço é “um tesouro de extrema fragilidade” que tem estado exposto desde a sua escavação nos anos 80, o que tem provocado o seu desgaste.
Já Manuela Martins, arqueóloga que participou nas escavações, defende que ou o local é finalmente recuperado e protegido ou então “será melhor enterrá-la”, com o objetivo de evitar a sua degradação continuada.
No debate referido, foi sugerido que os vários monumentos romanos da cidade e o Museu D. Diogo de Sousa façam parte de um parque arqueológico.
O Vereador Urbanístico vê nesta ideia bastantes potencialidades, não só do ponto de vista da valorização do património mas também do turismo.
A Ínsula das Carvalheiras foi descoberta quando a Junta de Freguesia da Sé fazia o projeto para a construção de uma escola no mesmo local.