Portugal e Luxemburgo partilham "horror" perante ataques - ministro da Defesa

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 23 mar (Lusa) - Os ministros da Defesa português e do Luxemburgo reuniram-se hoje na capital deste país e afirmaram existir um "consenso alargado" de "não ceder" perante os ataques terroristas e concertaram posições no domínio da Defesa.

"Partilhamos o mesmo sentimento de horror relativamente ao que se passou em Bruxelas. É uma zona de consenso alargado, de não ceder perante este tipo de ataques", afirmou Azeredo Lopes, no final da reunião com Etienne Schneider, vice-primeiro-ministro luxemburguês com a pasta da Defesa, Economia e Segurança Interna.

Azeredo Lopes adiantou que foram dados passos para aprofundar a cooperação entre os dois países em matéria de Defesa, frisando que o Luxemburgo "tem apoiado de forma sistemática iniciativas da Defesa e até pretensões de Portugal no quadro da União Europeia".

Azeredo Lopes disse ainda que foram analisadas posições comuns sobre a cimeira da NATO, em julho, em Varsóvia, que os dois governantes afirmaram esperar que decorra num ambiente de tranquilidade.

Etienne Schneider, que estará em Lisboa em julho, destacou as possibilidades de cooperação também ao nível da cibersegurança "onde Portugal está a desenvolver trabalho".

Quanto aos ataques terroristas ocorridos terça-feira em Bruxelas, o vice-primeiro-ministro luxemburguês disse que, depois dos atentados, a estratégia de Defesa não mudou na sua essência mas foram tomadas medidas.

"O que há é um grupo antiterrorismo que avalia dia a dia o risco terrorista no Luxemburgo e o nível de ameaça. Reforçámos o controlo e o policiamento no aeroporto, comboios, e locais estratégicos", disse, acrescentando não haver para já "indicações de ameaças concretas contra o Luxemburgo".

A cidade de Bruxelas, capital da Bélgica e sede da União Europeia e da NATO, foi abalada por dois atentados na terça-feira, com duas explosões no aeroporto de Zaventem e uma na estação de metropolitano de Maelbeek, que provocaram 31 mortos e 270 feridos, de acordo com o último balanço, que revê em baixa o número de mortos anteriormente avançado.

Os atentados foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico, também conhecido por Daesh, num comunicado em que ameaçou os países que combatem os 'jihadistas' com ataques "mais duros e mais amargos".

O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.

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