Combate ao terrorismo é de "longa duração" e tem de mobilizar todos" - PM
Porto Canal com Lusa
Funchal, Madeira, 23 mar (Lusa) -- O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje já ter manifestado solidariedade com a Bélgica, declarando que o combate ao terrorismo é "de longa duração" e tem de "mobilizar a todos".
"Este combate contra o terrorismo é um combate que nos tem de mobilizar a todos", afirmou o chefe do executivo aos jornalistas no início da visita que efetua ao mercado dos Lavradores, no Funchal, no âmbito da primeira deslocação oficial que realiza à Região Autónoma da Madeira.
António Costa acrescentou que este é "um combate de longa duração, não é um combate que se resolva rapidamente" e que "exige um combate em profundidade, uma cooperação institucional cada vez mais forte".
Bruxelas foi hoje de manhã abalada por dois atentados, com duas explosões no aeroporto e mais duas no metro da capital da Bélgica, que fizeram pelo menos 21 mortos e dezenas de feridos.
A procuradoria belga já confirmou que, no caso do aeroporto, tratou-se de um atentado terrorista suicida.
O nível de alerta terrorista na Bélgica foi elevado para quatro, o máximo da escala.
Segundo o governante, o combate também passa pela "promoção do diálogo intercultural e com uma intervenção profunda naquilo que são as periferias, muitos bairros críticos, porque há um problema de inserção que é necessário fazer face".
Para o primeiro-ministro, é necessário resolver e responder aos problemas de forma a que as sociedades "possam sentir maior sentimento de segurança", de forma a se "erradicar efetivamente" este fenómeno do terrorismo.
António Costa informou ainda já ter manifestado a sua "profunda solidariedade e condolências" aos governantes e ao povo da Bélgica.
"Até agora não temos qualquer indicação de nenhum português que tenha sido atingido", indicou, referindo que o Governo está a acompanhar a situação.
O primeiro-ministro destacou que "não há nenhuma alteração do nível de segurança" em Portugal, adiantando que os ministros da Administração e da Justiça "estão a coordenar as diferentes informações e se houver necessidade de fazer alguma reavaliação, será feita.
"Para já [ao início da manhã] não temos nenhuma indicação que justifique o nível de segurança", sublinhou.
Sobre a necessidade de adoção de novas medidas, António Costa disse que os países "não podem estar a responder por impulso cada vez que há um atentado", salientando que é preciso haver "concentração em executar as medidas que estão adotadas e ter consciência que este é um combate de longa duração e que nos tem de envolver a todos", concluiu.
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