Medidas restritivas vão manter-se em 2014 para garantir défice inferior ao de 2013 afirma Passos Coelho
Porto Canal
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, justificou hoje a manutenção em 2014 das "medidas restritivas" aplicadas este ano com a necessidade de cumprir o compromisso de ter no próximo ano um défice inferior ao de 2013.
"Não há défice inferior sem medidas mais restritivas. É preciso estar fora da realidade para esperar que o défice de um ano para o outro se reduza sem manter a disciplina que foi exercida nos anos anteriores e acrescentar mais disciplina", declarou.
O primeiro-ministro respondia ao secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que criticou, no debate quinzenal no Parlamento, o executivo PSD/CDS-PP por manter no próximo medidas como a sobretaxa do IRS e a contribuição extraordinária sobre as pensões.
"Mantêm-se todas as medidas para 2013 e acrescentam-se outras que eram meramente conjunturais, quando não se corta, congela-se", criticou o secretário-geral do PCP, no debate quinzenal, centrado nas conclusões da 8ª e 9ª avaliação do programa de assistência financeira.
Passos Coelho disse que não há "medidas escondidas" e que todas as medidas previstas para garantir um défice inferior ao de 2013 foram já publicamente apresentadas este ano.