Juíza rejeita recontagem de votos em Paredes - PS recorre para o Constitucional

Juíza rejeita recontagem de votos em Paredes - PS recorre para o Constitucional
| Política
Porto Canal

A magistrada que preside hoje à assembleia de apuramento geral dos resultados das eleições de domingo, em Paredes, rejeitou o pedido de recontagem de votos apresentado pelo PS, que vai recorrer para o Tribunal Constitucional.

Segundo fonte autárquica, o pedido de recontagem de votos foi recusado por, alegadamente, "não haver dúvidas quanto ao resultado verificado" numa das mesas da freguesia de Gandra.

O líder socialista Alexandre Almeida confirmou, entretanto, que vai avançar o recurso para o Tribunal Constitucional, por "haver dúvidas que importa esclarecer".

Na segunda-feira, o cabeça-de-lista do PS à Câmara de Paredes disse à Lusa haver dúvidas sobre os resultados naquela localidade, a última freguesia a ser apurada no concelho.

As eleições para a câmara foram ganhas pelo PSD, de Celso Ferreira (atual presidente da câmara), com 73 votos de vantagem sobre os socialistas.

Segundo o candidato socialista, os resultados, incluindo brancos e nulos, numa das mesas, seria inferior em 180 votos ao número de pessoas que votaram.

Alexandre Almeida sustenta que as dúvidas do PS sobre os resultados naquela freguesia ficaram acentuadas com "a diferença de votos", na mesma mesa, que aquele partido obteve na eleição para a assembleia municipal e para câmara. No primeiro caso teve 224 votos e no segundo apenas 30, disse. Acresce, observou ainda, que demorou "muito tempo" o apuramento naquela mesa.

No entanto, estes elementos já foram desmentidos pela câmara municipal, através de quadros oficiais de resultados daquela freguesia, a que a Lusa teve acesso.

Nos quadros, na mesa 2, o PS registou 224 votos e não 30 como alegou Alexandre Almeida. Verifica-se também que o número de votantes (654) é o mesmo que resulta da soma de todos os votos, incluindo brancos e nulos.

Confrontado hoje, de manhã, com estes dados, o líder do PS mantém que há "grandes dúvidas", garantindo à Lusa que o partido tem um edital fornecido pela secção de voto, no domingo, que aponta para resultados diferentes.

Alexandre Almeida sublinha, por outro lado, haver discrepâncias de votos, noutra mesa, da mesma freguesia, entre o que foi comunicado às entidades oficiais e o que consta da ata, com vantagem para o PS (14 votos), ainda que insuficiente para alterar o resultado global da eleição.

"Estão a ser confrontados os dados que foram comunicados com os que constam da ata", observa Alexandre Almeida, prevendo que a assembleia prossiga durante a tarde.

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