CDU recupera em Matosinhos vereador perdido em 2009

| Política
Porto Canal / Agências

Matosinhos, 30 set (Lusa) - O candidato da CDU à Câmara de Matosinhos, José Pedro Rodrigues, foi eleito no domingo, com 7,32% dos votos, recuperando o mandato perdido em 2009 "porque os matosinhenses perceberam a falta que fez o vereador" comunista na autarquia.

"Eu acredito verdadeiramente que os matosinhenses perceberam a falta que fez o vereador da CDU, perceberam a falta que fez ter o Honório Novo na câmara municipal nestes quatro anos", disse José Pedro Rodrigues à agência Lusa.

A CDU recupera assim o vereador perdido nas últimas eleições, numa corrida eleitoral ganha, com maioria absoluta (43,41%), pelo ex-socialista independente, Guilherme Pinto, que com a sua reeleição para o terceiro mandato arrancou das mãos do PS (25,26% dos votos) um bastião com 37 anos.

"Muita coisa mudou em Matosinhos com este resultado. Nós queremos entender neste resultado que há uma grande expectativa de mudança. As pessoas estão muito insatisfeitas com a vida que têm", sublinhou.

O vereador eleito manifestou disponibilidade para, "interpretando esse sentimento de mudança, ajudar a construir de facto uma alternativa e a fazer a diferença na câmara municipal" porque "é precisamente algo diferente do que tem havido no concelho que os matosinhenses apoiaram nestas eleições".

"O programa que nós hoje apresentamos a Matosinhos tem uma marca muito forte daquilo que foi o trabalho do Honório Novo durante o seu trabalho em Matosinhos", disse, num reconhecimento ao trabalho feito pelo comunista.

O PSD - que não se apresentou coligado com o CDS-PP, como em 2009 - perdeu esta noite um vereador, conseguindo apenas um mandato para a câmara, descendo dos 17,1% das últimas eleições para os 9,31% conseguidos hoje.

"O PSD e o CDS, ao contrário daquilo que andaram a dizer, viram seriamente punida a sua política no plano nacional", considerou.

O Bloco de Esquerda conseguiu, em Matosinhos 3,56% dos votos, tendo o CDS-PP conseguido 1,91% e o PTP 0,68% das escolhas dos eleitores.

JF // SMA

Lusa/fim

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