PT Portugal volta a cortar benefícios aos trabalhadores
Porto Canal (MYF)
A partir de abril, a PT Portugal, agora sob gestão da Altice, vai voltar a cortar benefícios aos seus trabalhadores a nível dos pacotes de serviços e de carros para uso próprio. Estas medidas visam uniformizar a política de benefícios da Altice.
Os dez mil trabalhadores da empresa vão passar a pagar pelos pacotes M4O e M5O, que até aqui eram gratuitos e vistos como uma forma de compensar os que tinham os salários congelados há vários anos. A medida entra em vigor já em abril, mas a PT vai manter uma política de descontos entre 58% e 80% para os colaboradores no ativo.
Em relação aos cerca de cinco mil trabalhadores em situação de pré-reforma e com contrato suspenso passam agora a ter um desconto de 30%, o mesmo que beneficiam os reformados da PT.
Esta sexta-feira, a administração revelou aos diretores de primeira linha que vai fazer mudanças na política de atribuição das viaturas para uso próprio. Apenas a comissão executiva e os diretores de primeira e de segunda linha terão direito a carro da empresa. Uma redução significativa já que até então cerca de 800 colaboradores tinham este benefício no seu pacote salarial.
Para agravar, só quem tem direito a carro é que vai beneficiar de parque de estacionamento, plafonds de combustível e Via Verde. A nível de escolha de carro, a dona da MEO também reduziu, passando a oferecer apenas três modelos da marca francesa Renault.
Estas medidas visam uniformizar a política de benefícios da Altice, às restantes companhias do grupo francês fundado por Patrick Drahi.
"Tendo em conta o contexto multinacional em que a PT está inserida - o grupo francês está presente em 15 países e tem mais de 38 mil colaboradores - e para manter equidade e alinhamento internacional foi decidido proceder a algumas alterações, assegurando sempre que todos os colaboradores dispõem dos meios e dos instrumentos indispensáveis ao exercício das suas funções", explicou a empresa ao DN/ Dinheiro Vivo.
O comunicado será dado aos trabalhadores nas próximas semanas, que depois da redução nas ajudas de custo e dos subsídios de refeição, voltam a sofrer cortes nos benefícios.