Edgar reconhece votação aquém, mas promete continuar a "sonhar coisas impossíveis"

Porto Canal
O candidato presidencial Edgar Silva, apoiado pelo PCP, assumiu hoje que o resultado eleitoral desejado ficou por alcançar, mas prometeu continuar a "sonhar coisas impossíveis" e um Portugal melhor, de "progresso e justiça social".
"Os resultados obtidos ficam aquém do valor desejável e, no conjunto da votação que a minha/nossa candidatura obteve, é meu dever agradecer a cada um dos portugueses e portuguesas que confiou o seu voto. Como cada gota de água é uma enchente no mar largo da esperança e do futuro, cada voto nesta candidatura tem a dimensão de projeto e um sentido de intervenção histórica, é um compromisso que adquire mais força nesta nossa tarefa de mudar a vida", afirmou.
No centro de trabalho do PCP da Avenida da Liberdade, Lisboa, o deputado regional madeirense respondeu que a sua vida "amanhã ou hoje" será "continuar a sonhar coisas impossíveis, partir para a transformação da sociedade", pois há "outras tarefas" para entregar o seu "limitado contributo para o horizonte desejável".
"O que não faltam são tarefas para quem queira lutar pela transformação da vida e da história", afirmou, quando questionado sobre se continuaria a trabalhar em prol do PCP na Madeira ou no continente, acrescentando que o seu futuro "é um futuro de um coletivo que luta por uma sociedade diferente".
Em virtude da eleição à primeira volta do candidato recomendado por PSD e CDS-PP, Edgar Silva reconheceu que "o objetivo central de contribuir para a derrota" e "esse resultado político estratégico e prioritário não foi alcançado".
"Tudo procurámos fazer, com empenhamento e mobilização. No que de nós pôde depender, tudo de melhor procurámos fazer", assegurou, com vista a uma melhor resultado, mas, segundo o candidato "nem tudo dependeu exclusivamente" do PCP e restantes apoiantes.
Edgar Silva destacou ainda o facto de, na Madeira, a sua proposta ter merecido cerca de "20.000 votos", quando nunca antes a CDU tinha conseguido ultrapassar os "7.000 votos", congratulando-se com "milhares de pessoas que, pela primeira vez, superaram preconceitos".