Fogo em Viana ainda levará "muitas horas" a dominar - Proteção Civil
Porto Canal
O incêndio que lavra desde sexta-feira em Outeiro, Viana do Castelo, ainda levará "muitas horas" a dominar, apesar de o reforço com apoio aéreo, através de três meios, disse à Lusa o comandante das operações no terreno.
"Temos os meios posicionados nas duas frentes de fogo, de um lado e do outro do monte, mas isto é um incêndio que vai levar ainda muitas horas para dominar. Temos muito trabalho pela frente", disse Robalo Simões, segundo comandante distrital de operações de socorro.
A quase total ausência de vento permitiu aos bombeiros, durante a madrugada, controlar a progressão do incêndio, nomeadamente nas frentes ativas de Outeiro e Nogueira, onde as chamas chegaram a estar a poucos metros das casas.
Pela 10:20 de sábado, o combate envolvia 207 operacionais e meia centena de viaturas, acrescentou Robalo Simões.
Além de bombeiros de vários pontos do distrito de Viana do Castelo, foram também acionados Grupos de Reforço para Combate a Incêndios Florestais (GRIF) do Porto, Braga, Coimbra e Vila Real.
Pelas 08:00 foram ainda mobilizados para o teatro das operações dois aviões bombardeiros médios anfíbios e um helibombardeiro pesado.
Na noite de sexta-feira, durante o combate às chamas, um operacional dos Bombeiros Municipais de Viana do Castelo sofreu queimaduras, leves, e teve de assistido no hospital da cidade.
A estratégia dos bombeiros centrou-se nas últimas horas no posicionamento de meios para a defesa do perímetro das centenas de casas que estão na linha do fogo, tendo em conta a grande extensão do incêndio.
Durante a madrugada, conforme a agência Lusa constatou no local, em vários pontos de Outeiro e Nogueira o fogo esteve a poucos metros das casas, defendidas com meios dos bombeiros e dos próprios moradores.
As chamas deflagraram pelas 13:37 de sexta-feira no monte do Ramalhão, em Outeiro, nos arredores da cidade de Viana do Castelo, e propagaram-se às freguesias vizinhas de Nogueira, Perre e Cardielos, ameaçando ainda Santa Marta de Portuzelo.
A grande extensão das frentes de fogo e as dificuldades de acesso têm sido as grandes dificuldades dos bombeiros, tendo as chamas destruído uma vasta área de mato mas também de pinhal e eucaliptal.