Cardoso quer 20 ME privados para centro de congressos no Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 13 set (Lusa) -- O candidato independente à Câmara do Porto Nuno Cardoso anunciou hoje a intenção de instalar em Campanhã um centro de congressos de 20 milhões de euros através de investimento privado, reconstruir nas Fontainhas e criar colégios municipais.

Na apresentação do programa eleitoral ao ar livre, na Praça da Liberdade, Cardoso defendeu que o centro de convenções deve ter capacidade para "quatro a cinco mil pessoas" e ficar "na continuidade do Plano de Pormenor das Antas", entre a estação de Campanhã e a estação de metro do Dragão, deixando o Palácio de Cristal (para onde a atual maioria PSD/CDS projetou idêntico equipamento) como "centro interpretativo do Porto Romântico".

"Não podemos estar com grandes filosofias, temos é de ter ação", frisou o candidato, destacando a urgência em intervir na cidade e a disponibilidade para a servir "na dimensão da responsabilidade" que os votos lhe derem.

O independente, que foi presidente da Câmara do Porto entre 1999 e 2002, acredita que vai ter "a máxima responsabilidade para unir a cidade e convocar todos os eleitos" para trabalhar e promete, "em todos os grandes problemas que afetam o povo do Porto, procurar soluções efetivas em vez de manchetes de jornais cheias de conteúdo político e vazias de atitudes consequentes e humanas".

Quanto ao centro de congressos, Cardoso explicou que "será um investimento privado" e "custará qualquer coisa como 20 milhões de euros", cabendo à Câmara "concessionar o terreno por 50 anos".

O projeto da Câmara do Porto para a requalificação do Pavilhão Rosa Mota e a instalação de um centro de congressos no Palácio de Cristal estava, em 2012, orçado em 25,7 milhões de euros, altura em que perdeu 5,8 milhões de euros de fundos comunitários aprovados.

Em junho a autarquia decidiu não assinar o contrato com o consórcio criado para avançar com o projeto, composto pela AEP -- Associação Empresarial de Portugal, a Associação de Amigos do Coliseu do Porto, a Parque Expo 98, S.A e a Atlântico -- Pavilhão Multiusos de Lisboa, incumbindo a empresa municipal Porto Lazer de " "negociar novas formas de parceria".

Questionado sobre se os investidores privados poderão ser os mesmos, o candidato afirmou saber existirem "vários investidores da área do turismo interessados" e que a escolha será feita "por concurso público".

"Não tenho neste momento ninguém [nenhum investidor], nem quero ter nem acho ético ter", frisou, depois de ter apresentado "um Porto Socialmente Coeso", a "Inovação e Inteligência" e a "Sustentabilidade" como os "três pilares da governação" do Porto.

Na lista de "propostas concretas" de "revolução urbana" está o desejo de "reconstruir as Fontainhas" e recuperar para a escarpa "a população das Fontainhas", com o candidato a assegurar ser possível construir casas na encosta com vista para o rio Douro onde em 2001 houve uma grande derrocada.

Assumir a gestão municipal do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico para criar "Colégios Municipais" com a mesma "imagem positiva" dos colégios privados do Porto e desenvolver uma "rede de berçários" são outras das ideias do independente.

Para além de Cardoso, concorrem Câmara do Porto Luís Filipe Menezes (PSD), Rui Moreira (independente, apoiado pelo CDS-PP), Manuel Pizarro (PS), Pedro Carvalho (CDU), José Soeiro (BE), José Carlos Santos (PCTP/MRPP) e José Manuel Costa Pereira (Partido Trabalhista Português).

ACG // MSP

Lusa/fim

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