Carros da Presidência da República encontram "garagem" fixa na Alfândega do Porto

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Porto Canal / Agências

Porto, 14 mai (Lusa) - Algumas das viaturas que estiveram ao serviço da Presidência da República vão passar a estar, a partir do dia 18, reunidas num núcleo museológico no Museu dos Transportes e Comunicações, na Alfândega do Porto.

O atual presidente da República, Cavaco Silva, que ali se desloca hoje, vai ser um dos primeiros visitantes deste espaço recuperado pelo arquiteto Souto Mouro e da responsabilidade do Museu da Presidência da República.

"O motor da República: os carros dos Presidentes" reúne quatro coches e 10 automóveis que vão desde o alvor da República -- cujos presidentes começaram a viajar com os coches que pertenciam à monarquia -- até ao Mercedes de 2000 que deixou de estar ao serviço da presidência há pouco mais de um mês.

Carlos Brito, presidente da Associação Museu dos Transportes e Comunicações (AMTC), salientou à agência Lusa a importância da abertura deste núcleo, por considerar que "é a primeira marca da República no Porto, uma cidade que, com o 31 de Janeiro, está na raiz do ideário republicano."

A exposição está dividida em três núcleos -- A I República, o Estado Novo e a Democracia -- que representam, segundo Amândio Felício, do Museu da Presidência da República "diferentes formas de encarar a utilização do automóvel" ao longo dos últimos 100 anos da nossa história.

O núcleo da I República é marcado pelos hipomóveis que pertenciam à Casa Real, pois, apesar de os primeiros presidentes terem também tido automóveis, nenhum deles chegou aos nossos dias. Aliás, muitos dos carros que incorporam esta exposição tiveram que ser recuperados das mãos de particulares pois não havia o costume de os conservar na presidência.

O Packard Super Eight, um modelo produzido até ao início da II Guerra Mundial, é o primeiro automóvel da exposição e abre portas para os carros usados durante a ditadura, viaturas imponentes, "elevadas à condição de ferramentas de propaganda e difusão dos valores do regime", refere Amândio Felício.

Disso podem ser exemplo carros como o Rolls Royce que foi usado por Américo Tomás e que permaneceu ao serviço até 1995 para cerimónias oficiais, ou o comprido Mercedes-Benz 600 S Sédan, com seis portas.

Com o 25 de Abril dá-se, segundo Amândio Felício, a "democratização das viaturas presidenciais" que passam a responder simplesmente "à necessidades de deslocação rápida em segurança". Imperam as marcas alemãs, Mercedes e Audi, com a exceção de um Citroën CX25 Prestige, que entrou ao serviço durante o primeiro mandato de Mário Soares.

Todos os carros ostentam a matrícula "PR" com as armas da República, cujas primeiras referências legislativas foram encontradas na década de 1920, embora ainda não tenha sido possível detetar o documento preciso que cria esta matrícula.

Para Amândio Felício, a existência deste núcleo permanente permite "acreditar que vai ser possível, com a ajuda do mecenato, manter em bom estado estas viaturas, incorporar mais algumas e receber aquelas que deixem de estar ao serviço da presidência".

DP // MSP

Lusa/fim

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