Confederação do Turismo defende "diálogo" entre coligação e PS
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Porto Canal
A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) lamentou hoje o facto de não ter havido uma maioria absoluta nas eleições de domingo, defendendo a necessidade de "pontos de contacto e de diálogo" entre a coligação e o PS.
"O que era necessário era que se encontrassem pontos de contacto e de diálogo entre as várias forças políticas europeístas, que permitissem uma solução que viabilizasse este tipo de questões e que se pudesse contornar a instabilidade que se tem derivada de não ter havido uma maioria", afirmou o presidente da confederação, Francisco Calheiros, em declarações à agência Lusa.
No entender do presidente da CTP, "uma falta de maioria implica falta de confiança, menor investimento, instabilidade", defendendo que Portugal precisa de "um governo com maioria, seja de que cor for".
"Precisamos de medidas de política económica viradas para o crescimento, o grande ponto negativo é esta instabilidade", assinalou Francisco Calheiros, que lamentou a elevada taxa de abstenção verificada nestas eleições.
No entanto, o líder da CTP assinalou que houve dois pontos positivos nas legislativas de domingo: "a forma como correu o ato eleitoral" e o facto de "ter-se verificado uma rejeição a qualquer tipo de radicalismo, seja de direita ou de esquerda, tendo sido dada uma primazia muito grande aos chamados partidos europeístas, ou seja, aqueles que defendem os valores europeus e a nossa integração na União Europeia, como seja a coligação e o PS".
No domingo, a coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP) venceu as eleições com 38,55% (104 deputados), o PS conseguiu 32,38% (85 deputados), o BE subiu para terceira força política com 10,22% (19 deputados), a CDU alcançou 8,27% (17 deputados) e o PAN vai estrear-se no parlamento, com um deputado, 1,39% dos votos.