Antigos Orfeonistas de Coimbra promovem concerto de ajuda a estudantes sírios

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Porto Canal com Lusa

Coimbra, 20 set (Lusa) -- O Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra vai promover, em outubro, em conjunto com outros artistas, um concerto de solidariedade com a Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios (PGAAEES).

As receitas do espetáculo "revertem integralmente para os estudantes sírios, que são o futuro deste país tão martirizado" do Médio Oriente, disse hoje à agência Lusa o presidente daquela instituição musical de Coimbra, Santos Cabral.

Integrado nas celebrações dos 35 anos de existência do Coro dos Antigos Orfeonistas, o programa "será também uma homenagem" aos cantores e músicos de Coimbra, em especial às "novas gerações", acrescentou o juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.

Além do anfitrião, atuarão no auditório do Conservatório de Música de Coimbra, no dia 31 de outubro, às 21:30, os seguintes artistas e grupos ligados à cidade: Brigada Victor Jara, Ricardo Dias Ensemble, Pensão Flor, André Sardet, Octávio Sérgio, Rui Pato e Orquestra Ligeira do Orfeon Académico.

Segundo Santos Cabral, "a ideia nasceu de uma conversa" entre a direção dos Antigos Orfeonistas e o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, sócio honorário do coro e presidente da PGAAEES, também designada Plataforma Global de Apoio aos Estudantes Sírios.

"Decidimos dedicar o nosso espetáculo de aniversário a uma causa, ajudando assim milhares de estudantes sírios", afirmou, recordando que a associação a que preside "desde sempre promoveu" concertos de solidariedade, "uma das razões que tem alimentado a vida dos Antigos Orfeonistas de Coimbra", ao longo de 35 anos.

Jorge Sampaio, que vai assistir ao espetáculo no Conservatório de Coimbra, concebeu a PGAAEES como "programa de bolsas de estudo de emergência para o Ensino Superior, por forma a permitir que os jovens sírios apanhados pela guerra possam concluir a sua formação académica e assim preparar a geração futura a quem caberá reconstruir o país".

Em Portugal, a plataforma apoia 100 bolseiros sírios que frequentam diversos estabelecimentos do Ensino Superior, além de mais 50 noutros países.

"Parar com a guerra e restabelecer a paz na Síria não depende de nós, cidadãos. Mas que isso não seja pretexto para ficarmos de braços cruzados, indiferentes à avassaladora tragédia humanitária que alastra às portas da Europa", escreveu Jorge Sampaio, em janeiro de 2014, na primeira 'newsletter' da PGAAEES.

A guerra civil síria eclodiu em 2011 e já causou pelo menos 240 mil mortos, incluindo 12 mil crianças, segundo um balanço recente do Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Devido à guerra e à pobreza, milhares de refugiados e migrantes, provenientes da Síria e estados vizinhos do Médio Oriente, entraram nos últimos meses na União Europeia, através de países como a Grécia, Hungria, Sérvia e Croácia, entre outros.

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