Anabela Rodrigues lamenta falta de acordo e espera que "valores europeus prevaleçam"
Porto Canal com Lusa
A ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, apelou hoje para que "os valores europeus prevaleçam" e que a União Europeia possa chegar rapidamente a acordo sobre a recolocação de 120 mil refugiados.
"Lamentavelmente não foi possível a União Europeia chegar a acordo. O espírito europeu não conseguiu prevalecer, mas estou confiante que vamos inverter essa dificuldade e que, na próxima reunião, já marcada para a próxima semana, os valores europeus vão finalmente prevalecer", sustentou, Anabela Rodrigues, à margem da assinatura de um protocolo com a Câmara de Cascais,
A ordem de trabalhos para a próxima reunião ainda não é conhecida, mas, segundo Anabela Rodrigues, "o que estará em cima da mesa será evidentemente a recolocação de refugiados".
A ministra reteirou a necessidade de se encontrar soluções "concertadas, solidárias e rápidas" perante uma "tragédia humanitária".
"Portugal tem, desde o primeiro momento, manifestado a sua disponibilidade para fazer parte da solução e tem vincadamente assumido essa posição", concluiu.
A ministra recordou ainda que, neste momento, Portugal está disponível para acolher 3.000 refugiados.
"Os números são conhecidos e, infelizemte, têm evoluído. Os números relativamente a pessoas que podemos receber estão também em evolução. Em cima da mesa estão, neste momento, 3.000 pessoas que podem vir a ser acolhidas em Portugal", afirmou a ministra.
A ministra da Administração Interna já tinha mostrado, no final da reunião em Bruxelas da passada segunda-feira, que Portugal ia aceitar a "quota" que consta da proposta da Comissão Europeia (3.074 refugiados a acolher por Portugal).
Na ocasião, a ministra apontou ainda que estão em curso os procedimentos necessários para saber quando poderão chegar os refugiados a Portugal, até porque, vincou repetidamente, "é preciso condições para receber as pessoas com dignidade".
Também na semana passada, a ministra tinha afirmado que os primeiros refugiados podiam começar a ser acolhidos em Portugal em outubro.
MYDM // SO
Lusa/fim